Clube de Ciências incentiva estudantes a expandirem seus conhecimentos 18/03/2020 - 11:00

Os estudantes da Escola Estadual Emílio Menezes, em Curitiba, descobriram uma nova paixão: estudar Ciências com foco na saúde e na prevenção de doenças. Desde que a professora Malvina Marquito criou o grupo Clube de Ciências, os estudantes desenvolveram novas habilidades e expandiram seus conhecimentos. A atividade ocorre semanalmente no contraturno escolar.

A docente, que atua há mais de 15 anos na escola, conta que o objetivo da proposta é contagiar os jovens com a paixão que tem pelo trabalho com atividades científicas.

“Eu sempre gostei de desenvolver projetos com meus alunos, mas sempre havia dificuldades de conciliar tudo no horário de aula. Foi então que tive a ideia de fazer no contraturno”, conta Malvina.

À época da criação do projeto, ela convidou alunos do 8º e 9º ano para participarem e alguns aceitaram o desafio. Começava, assim, um pequeno grupo de estudos que se encontrava fora do horário escolar e desenvolvia projetos de Ciências com diversos focos.

O diretor da escola, Ademar Ramos Ferreira, afirma que a ideia foi bem recebida não apenas pela equipe diretiva, mas também pelos pais dos alunos.

“Temos muitas famílias engajadas na escola e quando falamos do Clube de Ciências e sua proposta, muitos pais incentivaram o projeto e até nos ajudaram a arrecadar materiais para os estudantes por meio de rifas”, afirma o diretor.

O projeto tomou uma proporção tão grande na escola que, atualmente, Malvina conta com o suporte de dois estudantes universitários que auxiliam na supervisão dos trabalhos realizados pelos alunos.

PROJETOS – Hoje estudante do 1º ano do Ensino Médio, Evellin Souza foi uma das primeiras integrantes do grupo. Com os conhecimentos adquiridos e trocas proporcionadas pelo Clube de Ciências, ela desenvolveu recentemente uma linha de doces dietéticos.

“A professora Malvina e eu criamos esse projeto pensando em como poderíamos ajudar pessoas diabéticas a consumirem doces sem prejudicar a saúde. Também pensamos em uma linha de doces que as crianças poderiam consumir e que não gerariam cáries nos dentes”, explica a estudante.

O projeto de Evellin deu tão certo que foi destaque em feiras de ciências que acontecem no Estado do Paraná e agora está cotado para ser apresentado em uma feira internacional que acontecerá no México.

“Conseguimos conquistar o reconhecimento nacional e estamos muito felizes. Agora, queremos levar a criação dela para fora do País e mostrar o potencial dos alunos do Paraná”, conta a professora Malvina.

Já o projeto de Renan Miguel Rocha da Cruz, colega de Evellin, consiste em identificar comidas congeladas que possam estar estragadas e, assim, prevenir casos de intoxicação alimentar. Para ele, a iniciativa da professora expande seus conhecimentos e também oferece uma oportunidade de se aproximar de seu sonho, que é ser químico ou médico

“Eu fico muito feliz por estar participando do Clube de Ciências. Sinto que estou dando os primeiros passos para realizar meus sonhos”, conta.

RECONHECIMENTO – Além do Clube de Ciências, professora Malvina lidera outros projetos que receberam destaque em outras feiras de ciências estaduais realizadas ao longo de 2019. Ela também marcou presença em encontros a nível nacional, como em uma feira da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

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