Professores aderem ao EaD e atraem alunos com alternativas criativas 04/05/2020 - 14:58

Os professores da rede estadual de ensino estão adotando medidas criativas para fidelizar os alunos no Aula Paraná - o ensino à distância (EaD), adotado pelo Governo do Paraná por causa da pandemia do novo coronavírus. Entre as ações, estão conversas via WhatsApp, lives exclusivas e criação de ambientes físicos para aqueles que não têm internet.

“A adesão ao nosso sistema de Ensino à Distância tem sido alto e os professores estão também reforçando a ação da Secretaria de Educação, com ações proativas, cuidando para que o conteúdo escolar chegue aos alunos. Afinal, o EaD vale como calendário escolar e como nota”, reforçou o secretário estadual da Educação, Renato Feder. Hoje a Seed tem em seu site tutoriais que explicam como acessar e como usar o Aula Paraná, Google Classroom (salas de aulas virtuais), videoaulas em canais abertos e vídeos no Youtube. Tudo isto com gratuidade de pacote de dados.

Grupos de WhatsApp e tutoriais - Em União da Vitória, sul do Estado, diretores, professores e pedagogos apostaram na comunicação via WhatsApp e desde então, perceberam uma maior participação dos alunos nas aulas EaD e na plataforma do Classroom.

O chefe de Núcleo Regional de Educação de União da Vitória, Carlos Polsin, conta que foi feito um trabalho em diversas frentes, pela sua equipe. “Além do Conteúdo postado pela Seed, nós montamos uma série de tutoriais sobre acesso ao Classroom, criamos grupos de WhatsApp entre alunos e professores e incentivamos nossa equipe a acompanhar de perto cada aluno. Hoje, temos escolas que chegam a 91% de acesso ao Classroom”, conta Carlos.

YouTube, uma ferramenta parceira na educação - Em Matinhos, litoral do Paraná, Laís Cristina Ribeiro Malaguty, professora de Matemática do Colégio Estadual Gabriel de Lara criou um canal no YouTube para oferecer aos alunos reforços das atividades.

A iniciativa de Laís chamou a atenção dos alunos do seu colégio, que passaram a assistir aos conteúdos EaD e usar seu canal como reforço para as atividades.

Lives no Instagram e grupos de tutorias - Na região de Cornélio Procópio, o professor Rafael Amaral Ferreira está fazendo lives no Instagram para seus alunos. Utilizando o quadro e data show, ele tira dúvidas e reforça atividades com os alunos, tudo de uma maneira leve e lúdica. “A cada 15 dias, marco um horário com os alunos de uma turma específica e faço uma live voltada para eles. Faço de uma maneira tranquila para que possam aprender no tempo deles”, explica o professor.

Os professores do Núcleo Regional de Educação de Cornélio Procópio também criaram grupos de WhatsApp entre eles e para os alunos. A ideia é que esses grupos sirvam de tutoria para os estudantes e possam guiá-los da melhor maneira possível durante o ensino EaD.

Atendendo a alunos sem acesso a TV e a ferramentas on-line - Por outro lado, há alguns alunos no Estado que não possuem acesso a TV e a ferramentas on-line. A Seed orientou esses estudantes a comparecem em suas escolas e retirarem conteúdos e atividades impressas para darem continuidade aos seus estudos.

No Colégio Estadual do Campo Santa Rosa do Ocoi, em São Miguel do Iguaçu, o Diretor Patrick Bellei fez diferente: disponibilizou uma sala da escola para os alunos que não possuem nenhum tipo de acesso possam dar continuidade aos seus estudos. “Oferecemos álcool em gel, máscaras e, com auxílio de pedagogos e professores, ajudamos esses alunos em seus conteúdos. Assim, eles não ficam em desvantagem em relação a os outros colegas”, conta o diretor.

Importância do Classroom - A Seed tem buscado reforçar com os alunos que acessem e façam as atividades postadas no Classroom. Roni Miranda Vieira, Diretor de Educação na Seed, explica que, quando o aluno acessa o Classroom, faz as atividades e deixa-as salvas, o professor pode corrigi-las e dar presença ao estudante. “O Classroom, além de plataforma de exercícios e estudos, é um meio de o próprio professor acompanhar o rendimento do seu aluno e, claro, confirmar se ele está mesmo estudando e entendo as aulas”, explica.