Estudante do Paraná é campeã da etapa nacional de torneio de Jiu-jítsu 04/03/2020 - 12:12

O Colégio Estadual Duque de Caxias, de São Mateus do Sul, está em festa: uma de suas alunas, a estudante Lauriane Stavacz Afonso, de 14 anos, acaba de vencer um dos maiores torneios de Jiu-jítsu do mundo: a etapa nacional do Abu Dhabi Jiu Jitsu, que aconteceu em fevereiro, em Curitiba. A conquista é o episódio mais recente de uma trajetória que começou em 2017, com o projeto "Estudando e Lutando", criado pelo professor Osvaldo Soares Ferreira. 

Lauriane começou a praticar Jiu-jítsu por curiosidade durante as aulas voluntárias do professor Osvaldo, mas logo se encantou com a arte marcial. A partir daí, participou de uma série de campeonatos e competições. Hoje, Lauriane ostenta, orgulhosa, o título de bicampeã juvenil em duas categorias de peso no Campeonato Paranaense e de campeã no National Pro Abu Dhabi Jiu Jitsu. 

"Entrei no projeto por curiosidade, não conhecia o Jiu-jítsu. Mas depois gostei, me interessei mais e mais. Meus pais me apoiaram nisso e o Jiu-jítsu me ajudou muito, aumentou minha autoconfiança, passei a me comunicar melhor com as pessoas. Tudo muda: a convivência, a educação, o respeito ao próximo", conta Lauriane. 

Sobre a participação na etapa nacional do Abu Dhabi Jiu Jitsu, a estudante lembra do nervosismo diante do desafio de competir com atletas de alta performance. "Após a primeira luta, fiquei mais confiante. Quando conquistei o título foi só alegria, pois esse torneio é muito importante, foi um desafio vencido", diz, acrescentando que os planos, agora, são se tornar faixa preta e continuar competindo até, quem sabe, chegar ao Mundial. 

O PROJETO - Praticante de Jiu-jítsu e de Muay-thai, Osvaldo percebeu que poderia compartilhar seus conhecimentos com os alunos, aliando disciplina e os valores das artes marciais, para mostrar como o esporte pode auxiliar na concentração, na saúde e no desempenho escolar.

Assim, ele apresentou a proposta do "Estudando e Lutando", e ao longo de um ano deu aulas voluntárias para alunos de sexto e sétimo anos. De acordo com Osvaldo, o objetivo do projeto nunca foi formar atletas de ponta, mas demonstrar como o esporte e as artes marciais contribuem para a vida escolar e para a vida em sociedade.

"No início, não tínhamos os quimonos, então fazíamos a modalidade no-gi, que é o Jiu-jítsu sem quimono. O mais importante era engajar os estudantes na prática do esporte e nos valores dessa arte marcial", contou. 

Agora, Osvaldo é só orgulho ao ver Lauriane alçar voos mais e mais altos graças ao projeto.