Estudantes criam braço robótico usando placas de Arduíno 13/08/2019 - 14:20

Como deixar a aula de programação mais interessante para os alunos? Com uma pitada de robótica. Essa foi a resposta encontrada pelo professor Paulo Nunes, do Colégio Estadual Arnaldo Busato, e Coronel Vivida (no Sudoeste do Paraná).

Com a utilização do Arduíno, uma placa utilizada para automação de circuitos eletrônicos – como semáforos e ambientes interativos – seus alunos do segundo ano do Ensino Médio do curso integrado em Informática estão desenvolvendo braços robóticos capazes de executar tarefas simples com alta precisão.

A ideia, segundo Nunes, surgiu diante da necessidade de trazer para a sala de aula uma abordagem mais prática e descomplicada do conteúdo teórico da disciplina.

“A proposta é proporcionar o contato com o sistema de programação de computadores e conceitos de informática, e oportunizar aos alunos o desenvolvimento de projetos de pesquisa através da robótica. Essas atividades têm também o aspecto da socialização dos alunos, pois as atividades são todas em grupo”, explicou Nunes.

SÓ NA ESCOLA - O Governo do Paraná já investiu R$ 175 milhões de reais em programas de tecnologia para as escolas do Estado. Por meio da SEED, já foram distribuídos computadores, impressoras, equipamentos eletrônicos, laboratórios móveis, netbooks e projetores, além da instalação de internet WiFi em 1.700 instituições de ensino da rede estadual.

Com tecnologia na escola, hoje 38 alunos do CE Arnaldo Busato trabalham em quatro braços robóticos que podem ser controlados de várias maneiras e são capazes de executar tarefas de alta precisão, como fabricação de carros e até cirurgias. Os equipamentos, que estão em fase de desenvolvimento, serão apresentados na Feira de Ciências e Tecnologia da escola, em outubro.

A ideia foi recebida com empolgação pela turma, formada por muitos estudantes que têm, pela primeira vez, a oportunidade de aprender robótica e programação.

“Para a maior parte dos alunos, a única oportunidade de desenvolver algo assim é no colégio. Muitos não dispõem de computadores em casa. O colégio almeja um projeto específico em robótica para ampliar essa prática para ouras turmas, em outros horários, contemplando assim um número maior de alunos”, conclui Nunes.

ESTÍMULO - Hellen da Silva, 16 anos, é aluna do curso técnico em informática integrado do colégio. A jovem pretende chegar à universidade e cursar engenharia de software, o que tem ligação direta com a atividade desempenhada atualmente no ensino médio.

Ela conta que ficou bastante empolgada para entender como funcionava o Arduíno. A estudante diz que, por gostar muito da área de programação, a oportunidade de ver na prática como o sistema funciona é o ponto alto das aulas.

“Sempre busco estudar fora do colégio, me aprofundar no assunto para chegar na aula e saber um pouco mais. E praticar o Arduíno só ampliou a minha visão, aumentou a vontade de entender mais e, com certeza, o ensino está cada vez mais interessante. Aprender na prática é sempre melhor”, relata a aluna.

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Essa matéria faz parte de uma série de matérias produzidas pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte para mostrar iniciativas, projetos e práticas em sala de aula envolvendo recursos tecnológicos variados.

É a Tecnologia na Escola aliada ao processo de ensino e aprendizagem!

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