Oficina de robótica alia tecnologia e habilidades sociais 12/03/2020 - 11:19

Tecnologia? Robótica? O professor Tony Marcio Groch tem conquistado os alunos com a utilização de vários recursos para proporcionar aos estudantes o contato com metodologias de ensino inovadoras e inspirá-los a desenvolver soluções para problemas reais por meio da robótica. Desde 2012, ele lidera a oficina de robótica do Colégio Estadual do Paraná (CEP).

A oficina acontece às quartas-feiras, sempre no contraturno, para alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º e 4º anos dos ensinos Médio e Técnico. Com o projeto, os estudantes têm desbravado as possibilidades da robótica muito além da sala de aula.

“Até pouco tempo atrás o diferencial era saber um segundo idioma. Hoje, é necessário também saber programação e conhecer um mínimo de tecnologia, não importando a área em que atue. A programação é utilizada de muitas formas”, explica Tony.

Ele destaca ainda o desenvolvimento de habilidades sociais proporcionado pelo projeto, como trabalho em equipe, a convivência entre estudantes de diferentes idades e o aprendizado mútuo. “Muitas vezes alunos do 6º ano ensinam estudantes mais velhos, e é muito legal ver essa dinâmica, pois o foco está no conhecimento, em aprender”, disse professor.

DESENVOLTURA – É só falar em robótica que a atenção e o interesse dos alunos são imediatos. “Sempre achei robótica incrível e por curiosidade me envolvi. É algo que poderá nos ajudar no dia a dia, pois acredito que em breve teremos robôs e inteligências artificiais em tudo. Então, essas aulas já me preparam para o futuro”, disse Paula Pazzinato, do 7º ano do Ensino Fundamental e uma das veteranas da equipe.

O entendimento de que o futuro será cada vez mais tecnológico é unânime. Para Eran Ramos, estudante do 8º ano do Ensino Fundamental que sonha em ser astrônomo ou, quem sabe, astronauta, aprender robótica é fundamental. “A robótica pode me ajudar a controlar as naves que pretendo ajudar a construir”, prevê ele.

Há também quem vê na robótica uma forma de compreender aparelhos e tecnologias presentes no nosso cotidiano. “Quando eu era criança, já mexia com aparelhos elétricos e sempre quis saber como funcionavam. Agora nessas aulas eu coloco a mão na massa, observo e mexo em todas as peças”, conta William Pavorski, aluno do 6º ano do Ensino Fundamental e recém-chegado à turma.

COMPETIÇÕES – Além da curiosidade que a oficina desperta nos estudantes, o projeto incentiva a participação em competições de robótica. Empolgados com a ideia de colocar suas ideias à prova e conhecer projetos desenvolvidos por equipes de outras escolas e estados, os alunos trabalham todos os dias no período pré-competições, em atividades extraclasse.

“A Olimpíada Brasileira de Robótica, por exemplo, acontece num período entre junho e agosto, mas a preparação inicia já no mês de março. Toda a programação, construção, engenharia, os desafios a serem organizados mobilizam os alunos e eles vêm mesmo, se comprometem”, conta Tony.

GALERIA DE IMAGENS