Alunos da Escola Estadual de Educação Especial Lucy Requião encenaram o espetáculo “A Paixão de Cristo”, nesta quarta-feira (31), em Curitiba. Do momento da última ceia até a ressurreição, 13 alunos interpretaram Jesus Cristo e os 12 apóstolos. A apresentação teatral emocionou pais, comunidade e professores.

Com vestes que compunham as personagens, os alunos da peça empenharam-se na atuação, para orgulho dos professores. “Esta apresentação é a conclusão de um trabalho. Ver nossos alunos interpretando e se esforçando para se apresentar aos pais emocionou todas as professoras que se dedicaram para isso”, disse a diretora da escola, Edimara das Graças Aguirre Zanocini.
Edimara explicou que as atividades relacionadas a datas festivas são oportunidades para propor ações diferentes, levando em conta o desenvolvimento de cada aluno.“Era preciso chamar atenção para a Páscoa, mostrando aos alunos o significado desta data”, disse.
“Foi um bom trabalho dos alunos e dos professores”, disse Denilson Ferreira, pai de um dos alunos. Para Ivan Viana, mesmo o filho não atuando nesta apresentação, é importante a participação dos pais nas atividades da escola. “Nesta escola deu para sentir o preparo dos professores, a paciência para lidar com as crianças com certos tipos de transtornos”, contou Vianna.
As atividades culturais auxiliam os alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento a se socializarem. A professora Aline Frassato destacou que a atividade possibilita trabalhar a autonomia dos alunos. “Os ensaios promoveram a interação entre os alunos. A apresentação serviu para mostrar que cada um dentro do seu limite é capaz de transpor dificuldades”.
A Escola Lucy Requião, inaugurada em 2008 é a primeira escola estadual de educação especial do Paraná. O atendimento especializado atende 110 alunos que apresentam transtornos globais do desenvolvimento e deficiência intelectual. Alunos apresentam alterações nas interações sociais e na comunicação. Os interesses e atividades são restritos e repetitivos, o que dificulta o acompanhamento das atividades curriculares. São alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil.