Colégio do Campo de Rebouças vence novamente a Olimpíada de Língua Portuguesa 15/12/2021 - 16:21

Sob a coordenação da professora Maria Silmara Saqueto Hilgemberg, a turma do 7º ano do Colégio Estadual do Campo de Faxinal dos Francos foi uma das vencedoras da 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa (OLP). O colégio do município de Rebouças, com menos de 15 mil habitantes no centro-sul do estado, foi um dos vencedores na categoria de Memórias Literárias no concurso realizado pelo Itaú Social em parceria com o Ministério da Educação (MEC).

“Nosso colégio está localizado na zona rural, muitos estudantes não têm internet de qualidade e muitos vêm de famílias com poucas condições financeiras. Mesmo assim, por meio de um trabalho colaborativo e consistente, conseguimos essa importante conquista, o que é motivo de muita alegria e motivação”, declara a diretora da escola, Silvia Regina Rodrigues Belozupko, ressaltando o esforço e a capacidade de superação dos alunos durante o trabalho, que foi iniciado ainda no primeiro semestre de forma remota.

Para a professora ganhadora do prêmio, “vencer a Olimpíada de Língua Portuguesa é coroar com êxito um ano árduo, de muitos desafios para a educação. Nos faz acreditar na qualidade da escola pública e em seu poder transformador na vida dos nossos estudantes”.

Bicampeã – É a segunda vez que a professora Maria Silmara ganha o prêmio — ela foi uma das vencedoras da Olimpíada, em 2019, na categoria “Artigo de Opinião”, com a estudante paranaense Fernanda de Souza Fagundes (hoje egressa da rede estadual). Nesta edição, junto com 26 alunos de 11 anos, a professora chegou à final na categoria Memórias Literárias com o trabalho “Palavras para além do tempo” e garantiu o bicampeonato.

A premiação incluiu notebooks para os docentes, tablets para os estudantes, acervos de livros para a biblioteca e placas de homenagens para as escolas.

Entre os finalistas havia mais duas professoras do estado, Carla Micheli Carraro, do Colégio Estadual do Campo de Faxinal dos Marmeleiros, também de Rebouças,  e Marciane Cocchi Dorta, do Colégio de Aplicação Pedagógica da UEL Prof. José Aloísio Aragão, de Londrina, que classificaram suas turmas nas categorias de crônica (8º e 9º anos) e documentário (1ª e 2ª séries do Ensino Médio), respectivamente.

Os trabalhos finalistas foram analisados por uma comissão julgadora formada por especialistas em língua portuguesa, com experiência em trabalhos dessa natureza e familiaridade com o ensino e a prática de leitura e escrita, além de representantes das instituições parceiras (Cenpec, Undime — União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Consed — Conselho Nacional de Secretários de Educação, Fundação Roberto Marinho e Canal Futura).

Ao todo, foram 20 trabalhos vencedores, quatro em cada categoria, desenvolvidos por professores e seus estudantes de escolas públicas de todo o País. O concurso integra o programa Escrevendo o Futuro e recebeu mais de 112 mil inscrições, com a adesão de todos os estados brasileiros, 3.877 municípios e mais de 27 mil escolas. 

Foram para final após as fases municipais, estadual e semifinal 80 delas, em cinco categorias: poema (para o 5º ano), memórias literárias (6º e 7º anos), crônica (8º e 9º anos), documentário (1ª e 2ª séries do Ensino Médio) e artigo de opinião (3ª série do Médio). O tema das produções textuais era “O lugar onde vivo”, para resgatar histórias, estreitar vínculos com a comunidade, aprofundar o conhecimento sobre a realidade local e desenvolver a cidadania. 

Neste ano, a Olimpíada trouxe um novo formato com foco na valorização da prática e do trabalho desenvolvido pelos docentes e no reconhecimento de produções realizadas por todos os alunos de forma coletiva. O objetivo do concurso é apoiar os professores da rede pública no aprimoramento das práticas de ensino de leitura e escrita.