Estudantes comemoram o retorno às aulas em Piraquara 14/05/2015 - 16:50

Os 752 estudantes do Colégio Estadual Vila Macedo, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, voltaram à rotina de estudos. Desde a última sexta-feira (8) a escola retornou às atividades pedagógicas em respeito ao direito dos estudantes a terem aulas.

O diretor Gilmar Luís Cordeiro convocou os profissionais do colégio e pais dos alunos para uma conversa sobre a retomada das aulas, apesar de o sindicato que representa os professores da rede estadual manter um movimento de paralisação que já dura 17 dias.

“Decidimos atender ao clamor dos pais e alunos e estamos fazendo nosso papel de cidadania, quando as reposições acontecerem, um dos primeiros tópicos que vamos trabalhar com os alunos é justamente a cidadania”, afirmou o diretor.

O professor disse que o colégio vai trabalhar com os alunos a importância das greves, do movimento sindical e dos grêmios estudantis. Como cada segmento tem seu papel na sociedade.

VOLTA ÀS AULAS - Mariana Rocha Batista dos Santos, de 12 anos, do 6º ano, estava preocupada com a demora em voltar à escola. “A escola é a nossa vida, sem escola a gente não vive. Eu estava preocupada, falaram que a gente iria voltar e já teríamos prova. Mas a professora voltou antes e já explicou tudo certinho”, disse Mariana.

Maria Eduarda Prestes Borges, 10, do 6º ano, também gostou do reinício das aulas. “Eu estava sentido falta da escola, eu não tinha o que fazer em casa. Eu só ajudava minha mãe a limpar a casa”, contou.

Para Beatriz Oliveira de Andrade, 14, do 9º ano, a greve pode prejudicar o aprendizado dos alunos. Ela pretende ingressar no Colégio da Polícia Militar para concluir o Ensino Médio e estava preocupada com os conteúdos perdidos, pois precisa fazer uma prova para ser aprovada. “A gente iria perder muito tempo se a greve continuasse. Não consigo aprender sem a ajuda do professor. Na sala de aula o professor tira nossas dúvidas, sabe como ensinar”, definiu.

PRESSÃO - O retorno às aulas no Colégio Vila Macedo não agradou a todos. A escola passou a ser hostilizado em redes sociais.

O diretor chegou a conversar pessoalmente com representantes do sindicato. “Sou solidário ao movimento sindical, também sou sindicalizado, porém, é um direito do cidadão, do servidor do Estado ou de qualquer entidade ou segmento vir trabalhar. Ninguém pode cercear isso e se acontecer, daí sim será um regime antidemocrático”, desabafou o diretor.

Além do direito de trabalhar, Gilmar Luís ressaltou o direito dos estudantes a terem aulas. “Não podemos nos esquecer que, na outra ponta, existem pais e alunos. As reivindicações sindicais e trabalhistas serão resolvidas em nível jurídico e de sindicato, mas temos que pensar, sim, nos nossos alunos.”

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