O governador em exercício Flávio Arns participou nesta sexta-feira (09), em Curitiba, da premiação do Programa Agrinho, desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR). O Programa existe há 17 anos e, nesta edição, envolveu 80 mil professores das redes públicas e particulares de ensino. Mais de 1,5 milhão de alunos inscreveram seus trabalhos neste ano.

Arns participou de toda a solenidade de entrega da premiação dos melhores trabalhos. Ao todo, 16 alunos e professores foram os melhores classificados nas categorias desenho de educação especial e redação. Três professores ficaram entre os primeiros colocados na categoria experiência pedagógica e a Escola Municipal Marcos N. Strapasson, de Campina Grande do Sul, ganhou o primeiro lugar na categoria Escola Agrinho.

O governador em exercício e secretário da Educação lembrou que o Programa Agrinho é uma iniciativa que se consolidou no Paraná e está sendo levada para todo o País. “O governo do Paraná sempre se colocou à disposição como apoiador desse projeto. É importante que essa iniciativa seja feita na Educação, porque no futuro esses estudantes estarão nos postos de comando de nossa sociedade. Esse Programa traz reconhecimento, sensibilidade e representa um esforço para aqueles que trabalham em favor da educação”, afirmou.

Para o presidente do Sistema Faep (que inclui o Senar), Ágide Meneguette, o Programa Agrinho ajuda a construir uma nova mentalidade para que os estudantes se tornem cidadãos conscientes e responsáveis. “É um reconhecimento para o trabalho de todos os professores e alunos que participaram. Com essa iniciativa, ajudamos a formar pessoas mais comprometidas, o que nos incentiva a aperfeiçoar esse programa a cada ano”.

RECONHECIMENTO – A partir de uma proposta pedagógica sobre saúde e qualidade de vida no meio rural, a professora Janete Cristina de Moura, do Colégio Estadual Eleutério Fernandes, do município de Quitandinha, conquistou o segundo lugar na categoria “Experiência Pedagógica” e voltará para a casa com um automóvel zero quilômetro. Há 16 anos como professora de educação física da rede estadual de ensino, Janete conta que é possível aperfeiçoar as práticas em sala de aula. “Temos que buscar e acreditar. A minha área é pouco reconhecida, nunca achei que poderia chegar a esse resultado”, afirma.

A professora Marli Terezinha Chainacki, que entrou na rede estadual em maio deste ano, sentiu emoção dupla ao ver dois de seus alunos, do Colégio Estadual do Campo Turvo, de São Mateus do Sul, conquistarem os primeiros lugares na categoria Redação. “Moro em Paulo Frontin e vou todos os dias a São Mateus do Sul para dar aulas. A gente vê o empenho dos professores e dos estudantes. O importante não é só a premiação, mas o aprendizado que envolve tudo isso”, diz.

O estudante Tiago Macuco Witonski, 13 anos, do 8º ano do ensino fundamental, é um dos alunos da professora Marli. Filho de agricultores, ele escreveu sobre a desvalorização que o povo que trabalha no campo sofre. “Precisamos valorizar mais quem trabalha com a agricultura, porque é a origem de tudo. Sem ela, o ser humano não tem como se alimentar”, diz o menino que pretende continuar seus estudos, mas continuar radicado no campo, como agricultor.

Seu colega, Ariano Bethlen dos Santos, 14 anos, do 9º ano do ensino fundamental, também conquistou o primeiro lugar em Redação. Seu texto abordava sobre as ameaças que o Planeta sofre com a falta de cuidado com o meio ambiente. “Me coloquei no lugar do Planeta Terra e escrevi uma carta aos humanos, pedindo que eles tivessem mais consciência sobre a destruição que estão promovendo”, afirma. Ariano, Tiago e a professora Marli foram premiados com notebooks.

A listagem completa dos vencedores pode ser consultada no site www.sistemafaep.org.br .