Pouco tempo para reposição de aulas prejudica alunos 08/06/2015 - 12:24

A greve dos professores da rede estadual de ensino, que completa 48 dias letivos (contando a primeira paralisação, de fevereiro), vai comprometer a preparação dos alunos do 3° ano do Ensino Médio que farão provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de vestibulares, no segundo semestre.

A previsão é da professora Arlete Menezes, mestre em Educação pela Faculdade Alvorada, de Maringá. “Esses estudantes não terão tempo suficiente para absolver os conteúdos de maneira adequada”, apontou Arlete. A paralisação prejudicará aproximadamente 90 mil estudantes que deverão prestar o Enem ou vestibular.

Os alunos estão em desvantagem em comparação aos que não foram afetados pela greve dos professores. “Existe um processo para o ensino e para a aprendizagem que precisa ser respeitado para que o estudante possa obter o sucesso desejado”, disse Arlete. As provas do Enem serão aplicadas nos dias 24 e 25 de outubro.

De acordo com a especialista, a paralisação também poderá abrir lacunas no processo de aprendizado dos estudantes ao ingressarem no Ensino Superior. “Se a base é falha, certamente poderá ocorrer um comprometimento no resto do processo de aprendizado, porque a universidade é uma extensão do que eles aprenderam no Ensino Médio”, destacou Arlete.

REPOSIÇÃO - O novo calendário para a reposição das aulas será elaborado pelos Núcleos Regionais de Educação (NREs) de acordo com a demanda de cada regional, uma vez que, em algumas regiões as escolas continuaram funcionando normal ou parcialmente.

A superintendente da Educação, Fabiana Campos, lamentou o fato de os estudantes não receberem os conteúdos adequadamente. “Infelizmente os alunos que estão concluindo o ensino médio não terão recebido todo o conteúdo necessário para realizar uma boa prova”, disse.

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