Governo garante mais qualidade na educação indígena 22/04/2014 - 10:50

Nos últimos três anos o Governo do Paraná intensificou o diálogo com as comunidades indígenas e iniciou um conjunto de ações que garantem o acesso à educação de qualidade. Entre as medidas estão a valorização e qualificação dos professores indígenas, melhoria nas estruturas físicas das escolas e da merenda escolar, e a oferta de cursos técnicos aos índios.

“Educação é prioridade absoluta do Governo do Estado e não medimos esforços para garantir uma educação de qualidade e um ensino de excelência para todos os paranaenses”, disse o governador Beto Richa. “Parabenizamos com orgulho as comunidades indígenas que preservam uma importante parte da cultura paranaense”, afirmou o governador.

Desde 2011, o Governo do Estado já concluiu e entregou 11 escolas novas para as comunidades indígenas do Paraná. Outras duas escolas, uma em Inácio Martins, na região Centro-Sul, e outra na Ilha da Cotinga, no Litoral, estão recebendo os últimos acabamentos e ficarão prontas em maio. A construção das 13 escolas soma um investimento de R$ 19 milhões. Com isso, o estado tem agora 36 escolas indígenas espalhadas em 26 municípios.

Os alunos e a comunidade da Escola Estadual Indígena Waldomiro Tupã P. de Lima, em Espigão Alto do Iguaçu, usam o espaço da nova escola para desenvolver o Projeto de Preservação da Cultura. A unidade está entre as novas escolas entregues pelo governo estadual. O trabalho resgata costumes tradicionais da cultura guarani. “Nesses momentos as crianças se divertem. Temos peteca e cantigas originais do povo guarani”, diz a diretora Iliane de Luca, que atende 140 alunos.

Em 2013, foram diplomados 66 professores indígenas bilíngue guarani e caingangue, que agora lecionam na educação infantil das escolas de suas etnias. Agora o Paraná conta com 319 professores indígenas que atuam em suas comunidades no atendimento de aproximadamente 4.500 alunos. “O governo do Estado abriu uma porta para nós”, disse o professor guarani Jucélio Aparecido da Silva, de Santa Amélia, na região Norte.

Também foram realizados no Estado cursos de atualização e formação continuada para 110 professores guarani e caingangue, e produzidos novos materiais didáticos para alfabetização dos alunos. A merenda servida nas escolas indígenas é preparada com mais de 80 itens com base nas tradições culinárias de cada comunidade que inclui basicamente o milho, mandioca e seus derivados.

TÉCNICOS - Em fevereiro de 2014, foram diplomados 17 técnicos em agropecuária das comunidades caingangue e guarani de 16 municípios de diversas regiões do Estado. Essa foi a primeira turma formada pelo curso que foi inédito no sul do Brasil. Com os diplomas em mãos, os técnicos vão voltar para suas comunidades para colocar na prática o conhecimento adquirido e contribuir para o desenvolvimento sustentável de suas comunidades e do Paraná.

“Esse diploma representa uma vitória pessoal muito grande”, lembra o técnico Flávio Ny-Fej Marcolino, que trabalha na aldeia Apucaraninha, em Tamarana, na região Norte do Estado. O curso teve duração de quatro anos por meio da pedagogia da alternância, na qual o aluno permanece um período na escola e outro em sua comunidade colocando os conteúdos aprendidos na prática. Além das disciplinas técnicas, aliadas às da grade nacional comum, os estudantes também tiveram aulas com disciplinas específicas de organização social indígena, política indígena e indigenista, além de língua caingangue e guarani.

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