Alunos transformam lixo em produtos novos 25/11/2013 - 15:43
Pneus velhos e inservíveis se transformam em floreiras, porta-canetas, pufes, poltronas e até pula-pula. O trabalho é feito por alunos do Colégio Estadual Professora Ana Maria Vernick Kava, em Araucária, que participam do projeto de reciclagem de pneus, no contraturno escolar.
O projeto desenvolvido pelo secretário da escola, Clayton Norberto, idealizador da ideia, incentiva a reciclagem e a transformação de um resíduo em objetos úteis. “É importante que os alunos tenham noções de sustentabilidade e de práticas de respeito com o meio ambiente”, comentou Clayton, que ressaltou que o projeto não apenas dá um destino final nobre aos pneus, mas contribui para diminuir casos de dengue na região, por ser um dos principais focos de proliferação do mosquito transmissor.
Para o aluno Jhonatan Krzyzanowski, reaproveitar algo que demoraria anos para se decompor é uma ótima forma de contribuir para a preservação ambiental. “É um projeto bacana, que viabiliza a reciclagem na escola, por meio de técnicas de reaproveitamento do lixo”, disse o aluno, que já fez uma floreira em formato de estrela e teve a aprovação da família. “Essa é uma ótima iniciativa que, além de estimular os alunos a reciclarem, promove a socialização e possibilita que eles ocupem o tempo livre com algo educativo”, falou Waldenice Krzyzanowski, mãe de Jhonatan.
Clayton conta que no final do ano irá para São Paulo aprender novas técnicas de reciclagem de pneus para dar continuidade ao projeto. “Esse trabalho é um diferencial e ajuda a comunidade local, que pode revender as peças produzidas. A ideia é montar uma associação de reciclagem e promover a geração de renda”, relatou. Os alunos ainda irão plantar 300 mudas de árvores nativas doadas pelo horto municipal.
Outro projeto que deu certo foi o do Colégio Estadual Luiz Sebastião Baldo, em Colombo. Sob a orientação do professor Wanderlei Karam, o Grupo de Atividades Socioambientais do Baldo (GASB), como é conhecido o grupo de alunos que participa do projeto sobre meio ambiente, há dois anos se encontra semanalmente em horário de contra turno para fazer sabão com óleo de cozinha usado, cuidar da horta, do minhocário (para produção de húmus) e fazer compostagem com restos da merenda escolar para posterior adubação do solo.
Além disso, o grupo já fez o plantio de 28 mudas de árvores frutíferas e confeccionou um coletor de pilhas e baterias usadas. Eles pretendem ainda construir uma cisterna para captar água da chuva, que será usada para lavar calçadas, banheiros e irrigar a horta e o jardim. Ao todo, participam 30 alunos do 9° ano do ensino fundamental e do 1º e 2º ano do ensino médio.
“No GASB são discutidos problemas socioambientais e abordadas soluções alternativas, além de reflexões sobre a importância do consumo responsável e sustentabilidade, a produção do lixo e seu reaproveitamento”, disse Karam.
Neste ano, os alunos participaram do Encontro de Iniciação Científica e Extensão Universitária da Faculdade de Pinhais e da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente para divulgarem o trabalho realizado. A aluna Sara Timóteo de Freitas Anjos, do 9º ano, acredita que as atividades realizadas influenciam no dia a dia dos integrantes do projeto. “Com as experiências vivenciadas pelo grupo, é possível mudar um pouco a concepção de outros alunos sobre como reaproveitar materiais e produzir menos lixo”, comentou.
Para as professoras de Ciências Diana Carvalho e Vanessa Cumin, do Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora da Conceição, em Campo Magro, que desenvolvem um projeto de uso responsável de papel na escola para evitar o desperdício, não é possível eliminar o lixo, mas é possível diminuir sua produção e contribuir para a formação do jovem cidadão por meio de ações didático-pedagógicas sustentáveis que criem uma nova postura ambiental. “O foco é conscientizar a comunidade escolar, que será a multiplicadora das ações de transformação do mundo em que vive”, analisou Diana.
Mauriceia Aparecida de Castro, que leciona Ciências no Colégio Estadual José Elias da Rocha, em Ponta Grossa, acredita que mudar valores e atitudes comportamentais dos alunos é uma forma de conscientizar também as famílias. “Segundo estimativas, cada habitante produz cerca de 1 kg de lixo diariamente, ou seja, se contabilizarmos tudo isso, chegaríamos a milhões de toneladas de lixo produzidas anualmente. Daí a importância de despertar nos alunos a consciência ambiental necessária para que estes passem a gerenciar adequadamente os resíduos sólidos produzidos diariamente em sua comunidade”.
A professora, que já realizou um projeto de produção de sabão, agora promove uma campanha de gerenciamento correto do lixo. Ela e os alunos participam de brigadas de reciclagem, que consiste em enviar para uma empresa que mantém parceria com diversas indústrias de alimentos e cosméticos resíduos de diferentes categorias para serem transformados em novos produtos.
“Reciclar o lixo significa refazer o ciclo, ou seja, reaproveitar a matéria-prima daqueles materiais que não se degradam facilmente. Poderíamos dizer que a reciclagem se concretiza sempre que se encontra um novo uso para algo que, até então, já não teria nenhuma utilidade”, relatou Mauriceia, que enfatizou sobre a importância de promover uma cultura de reciclagem.
No Paraná, a Secretaria de Estado da Educação insere a Educação Ambiental como um dos temas contemplados nos Desafios Educacionais Contemporâneos que permear todas as disciplinas.
O projeto desenvolvido pelo secretário da escola, Clayton Norberto, idealizador da ideia, incentiva a reciclagem e a transformação de um resíduo em objetos úteis. “É importante que os alunos tenham noções de sustentabilidade e de práticas de respeito com o meio ambiente”, comentou Clayton, que ressaltou que o projeto não apenas dá um destino final nobre aos pneus, mas contribui para diminuir casos de dengue na região, por ser um dos principais focos de proliferação do mosquito transmissor.
Para o aluno Jhonatan Krzyzanowski, reaproveitar algo que demoraria anos para se decompor é uma ótima forma de contribuir para a preservação ambiental. “É um projeto bacana, que viabiliza a reciclagem na escola, por meio de técnicas de reaproveitamento do lixo”, disse o aluno, que já fez uma floreira em formato de estrela e teve a aprovação da família. “Essa é uma ótima iniciativa que, além de estimular os alunos a reciclarem, promove a socialização e possibilita que eles ocupem o tempo livre com algo educativo”, falou Waldenice Krzyzanowski, mãe de Jhonatan.
Clayton conta que no final do ano irá para São Paulo aprender novas técnicas de reciclagem de pneus para dar continuidade ao projeto. “Esse trabalho é um diferencial e ajuda a comunidade local, que pode revender as peças produzidas. A ideia é montar uma associação de reciclagem e promover a geração de renda”, relatou. Os alunos ainda irão plantar 300 mudas de árvores nativas doadas pelo horto municipal.
Outro projeto que deu certo foi o do Colégio Estadual Luiz Sebastião Baldo, em Colombo. Sob a orientação do professor Wanderlei Karam, o Grupo de Atividades Socioambientais do Baldo (GASB), como é conhecido o grupo de alunos que participa do projeto sobre meio ambiente, há dois anos se encontra semanalmente em horário de contra turno para fazer sabão com óleo de cozinha usado, cuidar da horta, do minhocário (para produção de húmus) e fazer compostagem com restos da merenda escolar para posterior adubação do solo.
Além disso, o grupo já fez o plantio de 28 mudas de árvores frutíferas e confeccionou um coletor de pilhas e baterias usadas. Eles pretendem ainda construir uma cisterna para captar água da chuva, que será usada para lavar calçadas, banheiros e irrigar a horta e o jardim. Ao todo, participam 30 alunos do 9° ano do ensino fundamental e do 1º e 2º ano do ensino médio.
“No GASB são discutidos problemas socioambientais e abordadas soluções alternativas, além de reflexões sobre a importância do consumo responsável e sustentabilidade, a produção do lixo e seu reaproveitamento”, disse Karam.
Neste ano, os alunos participaram do Encontro de Iniciação Científica e Extensão Universitária da Faculdade de Pinhais e da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente para divulgarem o trabalho realizado. A aluna Sara Timóteo de Freitas Anjos, do 9º ano, acredita que as atividades realizadas influenciam no dia a dia dos integrantes do projeto. “Com as experiências vivenciadas pelo grupo, é possível mudar um pouco a concepção de outros alunos sobre como reaproveitar materiais e produzir menos lixo”, comentou.
Para as professoras de Ciências Diana Carvalho e Vanessa Cumin, do Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora da Conceição, em Campo Magro, que desenvolvem um projeto de uso responsável de papel na escola para evitar o desperdício, não é possível eliminar o lixo, mas é possível diminuir sua produção e contribuir para a formação do jovem cidadão por meio de ações didático-pedagógicas sustentáveis que criem uma nova postura ambiental. “O foco é conscientizar a comunidade escolar, que será a multiplicadora das ações de transformação do mundo em que vive”, analisou Diana.
Mauriceia Aparecida de Castro, que leciona Ciências no Colégio Estadual José Elias da Rocha, em Ponta Grossa, acredita que mudar valores e atitudes comportamentais dos alunos é uma forma de conscientizar também as famílias. “Segundo estimativas, cada habitante produz cerca de 1 kg de lixo diariamente, ou seja, se contabilizarmos tudo isso, chegaríamos a milhões de toneladas de lixo produzidas anualmente. Daí a importância de despertar nos alunos a consciência ambiental necessária para que estes passem a gerenciar adequadamente os resíduos sólidos produzidos diariamente em sua comunidade”.
A professora, que já realizou um projeto de produção de sabão, agora promove uma campanha de gerenciamento correto do lixo. Ela e os alunos participam de brigadas de reciclagem, que consiste em enviar para uma empresa que mantém parceria com diversas indústrias de alimentos e cosméticos resíduos de diferentes categorias para serem transformados em novos produtos.
“Reciclar o lixo significa refazer o ciclo, ou seja, reaproveitar a matéria-prima daqueles materiais que não se degradam facilmente. Poderíamos dizer que a reciclagem se concretiza sempre que se encontra um novo uso para algo que, até então, já não teria nenhuma utilidade”, relatou Mauriceia, que enfatizou sobre a importância de promover uma cultura de reciclagem.
No Paraná, a Secretaria de Estado da Educação insere a Educação Ambiental como um dos temas contemplados nos Desafios Educacionais Contemporâneos que permear todas as disciplinas.