Com diplomas, professores da Vizivali investem na carreira 13/08/2013 - 14:24

A vida de 13 mil professores do Paraná mudou neste ano, após concluírem o curso de licenciatura em Pedagogia para egressos da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu (Vizivali)/Inteligência Educacional Sistemas de Ensino (Iesde). Os cursos foram feitos em universidades estaduais do Paraná. Todos esses professores concluíram as aulas em meados de 2000 na Vizivali, mas não conseguiam validar seus diplomas e estavam com a vida profissional ameaçada.

Uma das primeiras medidas do governador Beto Richa foi determinar a resolução deste problema que se arrastava há quase uma década. “É mais uma etapa finalizada do compromisso de solucionar a situação de 30 mil profissionais que viveram uma verdadeira agonia por quase 10 anos”, afirma o governador Beto Richa.

Foi o caso da professora Andréia Micrute, de 34 anos, que trabalha na Escola Municipal Antônio Franco da Rocha, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela terminou o curso na Vizivali em 2007, mas não teve o diploma reconhecido. “Era como se eu não tivesse feito uma faculdade, tinha apenas um diploma de magistério do 2º grau”, explicou Andréia.

Com isso, a professora não conseguia participar de concursos públicos, nem fazer uma pós-graduação para avançar na carreira. Andréia participou dos cursos de capacitação oferecidos pelo Governo do Paraná e conseguiu o diploma de Pedagogia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). As aulas duraram 1 ano. “O curso na UEL foi maravilhoso, com um nível de conhecimento bastante elevado. Foi ótimo para a minha carreira”, explicou a professora.

REGULARIZAÇÃO - Os cursos foram oferecidos no fim de 2011 para 13 mil alunos por universidades estaduais em 47 polos de educação à distância que fazem parte da Universidade Aberta do Brasil (UAB): Universidades Estaduais do Paraná de Ponta Grossa (UEPG), de Maringá (UEM), de Londrina (UEL) e do Centro-Oeste (UNICENTRO).

As formaturas em cada um dos polos começaram em abril e são etapas da regularização de 30 mil profissionais egressos da Vizivali.

A medida adotada pelo Governo do Parabá abriu novas perspectivas para milhares de professores, como, por exemplo, para a Andréia de São José dos Pinhais. Hoje ela faz uma pós-graduação e já pensa em começar outra, assim que acabar a primeira. Atualmente, Andréia trabalha como professora do 5º ano pela manhã e à tarde é professora de informática na Escola Antônio Franco da Rocha.

“Essa solução do governo estadual, para nós que fizemos o curso da Vizivali/Iesde, foi maravilhosa. Foi uma luta muito grande do Flávio Arns para resolver a situação. Esse problema se arrastou por tantos anos e ninguém resolvia. Foi um grande esforço do governo que melhorou a vida de muitos professores”, disse Andréia Micrute.

“A solução desse caso faz parte do nosso Plano de Governo e vem sendo cumprida integralmente graças aos esforços da Secretaria de Estado da Educação, das nossas universidades estaduais e de outras instituições como Ministério Público e tantas outras”, destaca o vice-governador e secretário de Estado da Educação, Flávio Arns,

FUTURO - A educadora Elisete Stocco da Silva, 54 anos, está cheia de planos para avançar na carreira. Ele finalizou o curso na Vizivali em 2008 e neste ano conseguiu o diploma pela UEL. Elisete trabalha há três anos no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) A Árvore dos Sapatos, em São José dos Pinhais. “Agora tenho novas perspectivas, quero fazer novos concursos, posso ser pedagoga ou ter outro padrão de professor. Posso continuar a sonhar e evoluir na carreira”, disse Elisete.

Elisete afirmou que já está terminando uma pós-graduação em Psicopedagogia. “Vejo um futuro muito bom para mim e para todos os professores que passaram por esse processo. Todo o nosso conhecimento foi ampliado. O governador falou que ia fazer e resolveu o problema que já se arrastava há anos”, definiu. A educadora afirmou que não vai se acomodar e continuará buscando mais conhecimento. “Na minha opinião, a educação é o único caminho para melhorar todas as outras áreas do país”, disse Elisete.

BENEFÍCIO - Em Tunas do Paraná, cidade da Região Metropolitana de Curitiba que fica a 76 quilômetros da capital, os 150 estudantes da Escola Rural Municipal Marquês de Abrantes agora têm aulas com professores formados pela UEL. Dos sete professores da escola, três, incluindo a diretora, se formaram neste ano após concluírem a extensão oferecida pelo governo estadual.

“O curso feito na UEL nos ajudou muito. Foram aulas bem planejadas e práticas. Quando vi o secretário Flávio Arns na nossa formatura, comentei com uma amiga, que graças a Deus alguém estava lá olhando pela gente e conseguimos chegar até aqui”, afirmou a diretora Maria Neuza dos Santos, de 52 anos. Ela se formou em 2005 na Vizivali, junto com os professores Edson Brasilio de Oliveira, 36, e Adinaldo de Jesus Franco, 35, que também trabalham na escola Marquês de Abrantes.

Os três formaram um grupo de estudo e viajavam até Cerro Azul, a 60 quilômetros de Tunas do Paraná, a cada três sábados por mês para concluírem a extensão da UEL. “O esforço foi grande, mas valeu à pena. Saíamos daqui para estudar em Cerro Azul porque em Tunas não tem internet. Foi um ano de muito esforço, mas valeu à pena. Isso vai valer para o resto da nossa vida, esse diploma a gente não perde nunca mais”, comemorou o professor Edson.

Edson de Oliveira dá aulas para o 3º ano do ensino fundamental. São 28 estudantes na sala dele. “Essa solução do governo foi excelente para a classe dos professores, principalmente para nós profissionais aqui na zona rural. Desde 2005 ninguém tinha feito nada, só promessas e mais promessas. Eu acredito que o empenho do atual governador foi muito importante para resolver essa situação”, definiu o professor.

Adinaldo de Jesus Franco também dá aulas na Escola Marquês de Abrantes. O professor afirma que o conhecimento adquirido no curso da UEL fez muita diferença para eles. “O curso foi bem proveitoso, ajudou bastante na nossa formação. Hoje, usamos todo esse conhecimento no dia a dia com as crianças”, explicou.

HISTÓRICO - O Governo do Paraná regularizou a situação de cerca de 30 mil professores e profissionais da educação que cursaram o programa especial de capacitação para docência nos anos iniciais do ensino fundamental e educação infantil, ofertado pela Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu (Vizivali), entre 2002 e 2004.

Com o imprescindível apoio das Universidades Estaduais do Paraná, o Governo viabilizou aos egressos da Vizivali o Curso de Licenciatura em Pedagogia, utilizando polos de educação à distância que fazem parte da Universidade Aberta do Brasil (UAB).

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