Comunidade se une para transformar história de colégio 21/06/2013 - 16:41

Os projetos do Colégio Estadual Ipê, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, tem aproximado a comunidade da vida escolar e transformado a imagem da escola e a vida de 1.200 estudantes. “Quem olha a escola hoje e compara com o passado pode perceber a diferença que esses projetos têm feito”, conta a diretora Amanda Gonçalves Trevizani.

O projeto começou com uma aula de conscientização, reciclagem e preservação do meio ambiente. Em seguida, os estudantes decidiram aproveitar um espaço vazio na escola para a fazer de uma horta comunitária.

A ideia fez tanto sucesso que trouxe também as famílias dos alunos para dentro da escola nos finais de semana. “Sempre venho e participo, pois é uma forma acompanhar a rotina escolar dos nossos filhos”, diz Claudia Antonia Roberto, mãe da aluna Amanda Roberto Casemiro.

A horta contribui para que os alunos tenham contato com atividades diferenciadas e ainda estimula hábitos de consumo de alimentos saudáveis. Parte da produção das hortaliças complementa a merenda da escola que já conta com alimentos da agricultura familiar.

JARDINAGEM – O paisagismo virou cartão de visita para quem entra na escola. Nos corredores e pátio, alunos, pais, funcionários e voluntários plantaram flores. “Eu reunia um grupo de amigos e vinha a pé ou de bicicleta, não importava a distância, queria mesmo era ajudar”, conta o aluno Leonardo Scorsi, 14 anos.

A jardinagem serve ainda como ação de resgate social para ex-moradores de rua que participam dos projetos desenvolvidos pela escola. Ademar Loures de Andrade é um dos voluntários que participam das atividades de jardinagem e para ele a colaboração virou terapia. “É bom ajudar a deixar a escola mais bonita e as pessoas mais alegres”, diz Andrade.

GRÊMIO – Alunos do grêmio estudantil decidiram reativar a rádio escolar. “Os alunos não se interessavam e nós resolvemos retomar com uma programação de interesse da escola e da nossa comunidade”, explica a aluna Pamela Marcelino da Silva.

Outra ação do grêmio estudantil foi retomada das festas juninas que tinham sido interrompidas devido a violência no bairro. “Ficamos uns anos sem as festas juninas, mas depois que a comunidade veio para dentro da escola isso mudou”, conta Pamela.

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