Curso discute formação para alunos especiais 17/11/2011 - 14:22

Pedagogos e secretários das escolas da educação básica na modalidade educação especial dos Núcleos Regionais de Educação (NREs) da Área Metropolitana Norte, Área Metropolitana Sul, Curitiba e Paranaguá estão reunidos desde quarta-feira (16), na Diretoria de Tecnologia Educacional (Ditec), em Curitiba, para discutir possibilidades e alternativas para formação do aluno com necessidades educativas especiais, encaminhamento para o mundo do trabalho e elevação do nível de escolaridade.

De acordo com a chefe do DEEIN, Walquíria Onete Gomes, o encontro propicia aos participantes as orientações sobre diretrizes curriculares para as modalidades da educação de jovens e adultos (EJA) e educação profissional, articuladas com a educação especial nas oficinas profissionalizantes. “Nesse sentido, faz-se necessário ampliar as oportunidades no que diz respeito ao ingresso das pessoas com deficiência ao mundo do trabalho, como assegurar a elevação do nível de escolaridade dos alunos”, disse.

Conforme Walquíria, todo cidadão tem que ter direito à oportunidade de estar inserido no mundo do trabalho. “Temos que oferecer caminhos para que os alunos das 394 escolas tenham o direito à igualdade”.

Segundo José Simão Stczaukoski, pedagogo da rede estadual que coordena o programa na Secretaria do Trabalho, durante o encontro também são dadas orientações sobre parcerias firmadas com as empresas. Empresas com mais de 100 funcionários devem contratar pessoas com deficiência para fazer parte de seu quadro funcional, em cumprimento à Lei nº 8213/98. “Os alunos são cadastrados na Agência do Trabalhador e quando as empresas precisam, buscam esses trabalhadores nas agências”, explicou.

Para Simão a dignidade da pessoa está em seu trabalho. “É necessário que as ações públicas para a capacitação e inserção das pessoas com deficiência estejam interligadas. Daí a importância desses eventos”.

Durante o evento foram abordados os trâmites para abrir cursos profissionalizantes nas escolas, questões administrativas, funcionamento da EJA, legislação e orientações legais e pedagógicas sobre a alteração das escolas de educação especial para escolas de educação básica na modalidade de educação especial. Com a alteração, o aluno com necessidades educativas especiais que atinge 17 anos, passa a frequentar as aulas na modalidade EJA e frequentam as oficinas de qualificação.

Houve também depoimentos de alunos que estão inseridos no mundo do trabalho e a apresentação sobre cursos livres de qualificação, como panificação, auxiliar de mecânica automotiva, costura, assistente administrativo, entre outros disponibilizados gratuitamente pelo sistema S, formado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social da Indústria (Sesi), entre outros.

Desde agosto deste ano já foram realizados encontros em 26 Núcleos Regionais de Educação (NREs) que possuem escolas de educação básica na modalidade educação especial. Durante os eventos, que tiveram duração de dois dias e contaram com a participação de mais de 700 pessoas, foram analisadas alternativas e possibilidades para que os alunos frequentem oficinas de produção para a integração no mundo do trabalho.

O evento foi promovido pelos departamentos de Educação Especial e Inclusão Educacional (DEEIN), de Educação e Trabalho (DET) e de Educação Básica (DEB), da Secretaria de Estado da Educação, e a Coordenação do Programa de Inserção de Pessoas com Deficiência no Mundo do Trabalho da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social.