Direitos humanos e mundo do trabalho em curso 22/11/2016 - 09:24

O Simpósio da Diversidade, Direitos Humanos e o Mundo do Trabalho foi aberto nesta segunda-feira (21), em Foz do Iguaçu, com a participação de trezentos profissionais da área da educação, entre professores, pedagogos e técnicos dos 32 Núcleos Regionais de Educação. O encontro, promovido pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), conta com o apoio do Ministério Público do Estado do Paraná e segue até esta sexta-feira (25).

O curso de formação vai capacitar os profissionais para desenvolver atividades sobre temas voltados às diversidades de gênero e sexual, educação do campo, educação escolar indígena, quilombola e cigana, educação etnicorracial, direitos humanos e o mundo trabalho. A formação é realizada por meio de palestras, oficinas temáticas e mesa-redonda.

“É uma grande oportunidade para discutirmos todas as questões que envolvem a diversidade. Lembrando que ter o acesso, garantir a permanência e receber uma educação de qualidade é um direito de todos os paranaenses”, ressaltou a chefe do Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu, Ivone Müller, que representou a secretária de Estado da Educação, professora Ana Seres, na abertura do encontro.

Segundo a advogada Sandra Bazzo, da Ordem dos Advogados do Brasil, é fundamental que a escola trabalhe os conteúdos relacionados aos direitos humanos. “Ainda é novo para a sociedade uma formação para a cidadania. Cada um tem o direito de exercer livremente sua dignidade, sua liberdade, seus direitos”, disse Sandra.

A educação tem um importante papel no enfrentamento à discriminação e ao preconceito. “O evento é fundamental para despertar o interesse e o compromisso dos professores na sua prática pedagógica. É no cotidiano, na sala de aula, em muitos dos comportamentos que o professor tem a oportunidade para que o aluno se reconheça”, comentou a pró-reitora da Universidade da Integração Latino-americana (Unila), Angela de Souza.

O simpósio também permite uma troca de informações das diferentes realidades das escolas estaduais. “Vamos mostrar e fortalecer a cultura indígena mostrando o trabalho pedagógico da nossa escola. E também aprender com a experiência dos outras culturas”, comentou Florêncio Rekayg Fernandes, mestre em Educação e diretor da Escola Estadual Indígena Emília Jerapoty, em Morretes.

Os debates abordam a mudança de alguns modelos existentes na sociedade. “Ainda temos contornos históricos de uma sociedade que levam ao preconceito, à discriminação e à hierarquia etnicorracial e de gênero. É papel da escola recontar essa história a partir de outras matrizes”, explicou a pedagoga do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, Elisane Fank.

“A formação é para que os nosso professores tenham esse olhar para compreender que as diferenças existem, e que é com elas que podemos nos fortalecer nas nossas práticas de ensino para o exercício da cidadania e para o mundo do trabalho”, disse a chefe do Departamento da Diversidade da SEED, Marise Ritzmann.

O simpósio está alinhado ao programa Minha Escola Tem Ações (Meta) da Secretaria da Educação, que prevê a formação continuada dos profissionais da rede pública estadual para melhorar os índices de educação.

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