Ensino Médio por Blocos é a proposta da Seed para Ensino Médio Inovador do MEC 09/10/2009 - 16:55
O Brasil ampliou a oferta do ensino médio de forma expressiva, mas ainda tem 1,8 milhões de jovens de 15 a 17 anos fora da escola. O acesso foi massificado, mas a permanência não. Buscando uma mudança neste quadro, o Governo Federal implantará no ano que vem o Ensino Médio Inovador e a Secretaria de Educação do Paraná (Seed) propõem o Ensino Médio por Blocos de Disciplina.
Desta forma, o Departamento de Educação Básica (DEB) realizou nesta quinta-feira (8), em Curitiba, a Reunião Técnica Ensino Médio por Blocos com diretores das 111 escolas que aderiram à proposta por Blocos e representantes das equipes disciplinares de 22 Núcleos Regionais de Educação.
A intenção, além de conhecerem a proposta do Ensino Médio Inovador, foi abrir um espaço de discussões para troca de idéias. “A sugestão é discutir como fazer a integração das propostas do Ensino Médio Inovador e do Ensino Médio por Blocos de Disciplina”, explica Mary Lane Hutner, chefe do DEB.
A integração é uma proposição do Ministério da Educação (MEC) que tem apoiado as ações já desenvolvidas pelos estados. O Ensino Médio por Blocos de Disciplinas é a iniciativa da Seed para melhorar o ensino médio no Paraná.
“Estamos analisando como o Ensino Médio Inovador pode fazer parte do Ensino por Blocos, como fazer ações, obter apoio financeiro, promover a formação continuada, para fortalecer a proposta no Paraná”, comenta. Ela ainda contou que será discutida a inclusão de disciplinas optativas para ampliar carga horária.
“A proposta da Secretaria da Educação do Paraná é extremamente pertinente, tenho interesse de conhecer mais e apoiar inclusive o que o estado fizer”, afirma o diretor de Concepções e Orientações Curriculares para Educação Básica da Secretaria da Educação Básica do MEC, Carlos Artexes Simões.
Para ele, a escola precisa dialogar com os projetos de vida dos alunos para que eles entendam que ela possui um significado. “O aluno não vê nenhum sentido naquilo que está fazendo, não há identificação na vida dele, não consegue valorizar o conhecimento, não consegue entender o mundo a sua volta porque o conhecimento fica distante dele”, ressalta Simões.
Ensino Médio por Blocos – a proposta criada pelo Departamento de Educação Básica tem como objetivo enfrentar os índices de repetência e evasão presentes no ensino médio. Assim, alguns estabelecimentos de ensino da rede pública estadual passaram a ofertar a alternativa no início de 2009.
Os dois blocos são organizados de forma independente e ofertados concomitantemente. Cada um tem seis disciplinas diferentes e não há pré-requisito de um bloco para o outro. “O aluno vê em um semestre o conteúdo integral da disciplina que era dado no ano”, explica Edna Amancio de Souza Ramos, técnica pedagógico da Coordenação de Legislação e Ensino do DEB.
Segundo ela, o número de aulas concentradas proporciona um contato maior com o professor e com menos disciplinas, o aluno pode dedicar-se plenamente à disciplina. “Além disso, ao se colocar seis disciplinas que se conversam e consequentemente se ajudam na compreensão de todas, o conhecimento de uma ajuda na aquisição do conhecimento da outra”, conta.
Com mais aulas, além da possibilidade de o professor poder dar continuidade nos conteúdos, ainda pode acompanhar a frequência dos alunos, tomando medidas preventivas com a equipe pedagógica para ações contras a evasão. Ela conta que existe também a mudança nas práticas de conselho de classe ao longo do semestre.
“O professor quando chega ao conselho de classe, por ter mais tempo com o aluno, conhece o aluno melhor, o trabalho é mais efetivo, trabalha melhor com o aluno e identifica pontualmente as necessidades de aprendizagem”, explica.
Outra vantagem é que o estudante pode começar o ensino médio no início de cada semestre, caso precise parar os estudos para um emprego sazonal. “O aluno não perde o que fez em cada bloco no semestre e pode dar continuidade dos estudos para o próximo. Caso ele não tenha êxito em fazer em três anos, ele pode terminar com um ou dois semestres a mais”.
Edna Amancio ressalta que o estudante tem a oportunidade de continuar seus estudos sem perder o que fez. “Este aluno não fica esperando ter idade para finalizar os estudos na falsa ilusão de que a Educação de Jovens e Adultos seja mais rápida ou mais fácil”, conclui.
Desta forma, o Departamento de Educação Básica (DEB) realizou nesta quinta-feira (8), em Curitiba, a Reunião Técnica Ensino Médio por Blocos com diretores das 111 escolas que aderiram à proposta por Blocos e representantes das equipes disciplinares de 22 Núcleos Regionais de Educação.
A intenção, além de conhecerem a proposta do Ensino Médio Inovador, foi abrir um espaço de discussões para troca de idéias. “A sugestão é discutir como fazer a integração das propostas do Ensino Médio Inovador e do Ensino Médio por Blocos de Disciplina”, explica Mary Lane Hutner, chefe do DEB.
A integração é uma proposição do Ministério da Educação (MEC) que tem apoiado as ações já desenvolvidas pelos estados. O Ensino Médio por Blocos de Disciplinas é a iniciativa da Seed para melhorar o ensino médio no Paraná.
“Estamos analisando como o Ensino Médio Inovador pode fazer parte do Ensino por Blocos, como fazer ações, obter apoio financeiro, promover a formação continuada, para fortalecer a proposta no Paraná”, comenta. Ela ainda contou que será discutida a inclusão de disciplinas optativas para ampliar carga horária.
“A proposta da Secretaria da Educação do Paraná é extremamente pertinente, tenho interesse de conhecer mais e apoiar inclusive o que o estado fizer”, afirma o diretor de Concepções e Orientações Curriculares para Educação Básica da Secretaria da Educação Básica do MEC, Carlos Artexes Simões.
Para ele, a escola precisa dialogar com os projetos de vida dos alunos para que eles entendam que ela possui um significado. “O aluno não vê nenhum sentido naquilo que está fazendo, não há identificação na vida dele, não consegue valorizar o conhecimento, não consegue entender o mundo a sua volta porque o conhecimento fica distante dele”, ressalta Simões.
Ensino Médio por Blocos – a proposta criada pelo Departamento de Educação Básica tem como objetivo enfrentar os índices de repetência e evasão presentes no ensino médio. Assim, alguns estabelecimentos de ensino da rede pública estadual passaram a ofertar a alternativa no início de 2009.
Os dois blocos são organizados de forma independente e ofertados concomitantemente. Cada um tem seis disciplinas diferentes e não há pré-requisito de um bloco para o outro. “O aluno vê em um semestre o conteúdo integral da disciplina que era dado no ano”, explica Edna Amancio de Souza Ramos, técnica pedagógico da Coordenação de Legislação e Ensino do DEB.
Segundo ela, o número de aulas concentradas proporciona um contato maior com o professor e com menos disciplinas, o aluno pode dedicar-se plenamente à disciplina. “Além disso, ao se colocar seis disciplinas que se conversam e consequentemente se ajudam na compreensão de todas, o conhecimento de uma ajuda na aquisição do conhecimento da outra”, conta.
Com mais aulas, além da possibilidade de o professor poder dar continuidade nos conteúdos, ainda pode acompanhar a frequência dos alunos, tomando medidas preventivas com a equipe pedagógica para ações contras a evasão. Ela conta que existe também a mudança nas práticas de conselho de classe ao longo do semestre.
“O professor quando chega ao conselho de classe, por ter mais tempo com o aluno, conhece o aluno melhor, o trabalho é mais efetivo, trabalha melhor com o aluno e identifica pontualmente as necessidades de aprendizagem”, explica.
Outra vantagem é que o estudante pode começar o ensino médio no início de cada semestre, caso precise parar os estudos para um emprego sazonal. “O aluno não perde o que fez em cada bloco no semestre e pode dar continuidade dos estudos para o próximo. Caso ele não tenha êxito em fazer em três anos, ele pode terminar com um ou dois semestres a mais”.
Edna Amancio ressalta que o estudante tem a oportunidade de continuar seus estudos sem perder o que fez. “Este aluno não fica esperando ter idade para finalizar os estudos na falsa ilusão de que a Educação de Jovens e Adultos seja mais rápida ou mais fácil”, conclui.