Estado amplia em 120% o volume de investimentos 06/03/2018 - 08:00

O Estado ampliou em 120% o volume de investimentos em 2017 na comparação com o exercício anterior. O valor saltou de R$ 1,7 bilhão para R$ 3,8 bilhões. Este foi um dos destaques do balanço das contas públicas do ano passado apresentado em audiência pública nesta segunda-feira (05) na Assembleia Legislativa. Se forem considerados os valores aplicados por empresas estatais, os investimentos somam R$ 6,8 bilhões.

O secretário estadual da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, foi o responsável pela apresentação dos números e mostrou aos deputados que o Estado encerrou o ano com superavit e ampliou os investimentos em áreas prioritárias, como saúde, educação e segurança.

Em 2017, as receitas totais do Estado somaram R$ 46,38 bilhões, sendo R$ 31,28 bilhões provenientes de tributos, como ICMS e IPVA. As despesas totais chegaram a R$ 46,6 bilhões no exercício, sendo R$ 23,5 bilhões referentes a gastos com o pagamento de pessoal e encargos e R$ 9,1 bilhões em repasses constitucionais aos municípios.

INVESTIMENTOS – Com mais recursos para investimento, o Executivo destinou mais verbas para saúde, educação e segurança. Em 2017, o Governo do Paraná investiu 12,07% em saúde e 36,26% em educação, e ficou acima das porcentagens mínimas estabelecidas para as duas áreas – 12% e 30%, respectivamente.

Na educação, os investimentos somaram R$ 10,87 bilhões e, em 2016, foram R$ 10 bilhões. O salto de um ano para o outro foi de 8,6%, ou de R$ 861 milhões. O governo aplicou 36,26% da receita líquida de impostos na área.

UNIÃO – O Estado contribuiu, em média, no período de 2013 a 2017, com 4,48% da arrecadação nacional, recebendo de volta, como transferências da União, apenas 1,81% dessa arrecadação. Esta transferência representou somente 38% da arrecadação de tributos federais que a União obteve no Paraná. De cada R$ 100 de tributos federais arrecadados no Estado, a União devolveu R$ 38,01 e ficou com R$ 61,99.

PESSOAL – O secretário ressaltou que há uma grande preocupação no curto prazo: o aumento de gastos com pessoal, devido ao crescimento vegetativo da folha de pagamento dos servidores ativos, e também o incremento nas despesas com pagamentos de inativos e pensionistas.

Segundo ele, apesar de o resultado demonstrar comprometimento com pessoal e encargos sociais de 45,13% da Receita Corrente Líquida no poder executivo, o comprometimento real alcança o percentual de 52,86% desconsiderando as receitas extraordinárias e exclusões de despesas aceitas pelo Tribunal de Contas. Os gastos do Tesouro com previdência social, por exemplo, aumentou 14%, passando de R$ 3,75 bilhões em 2016 para R$ 4,28 bilhões em 2017.

Agência de Notícias do Paraná

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