Estado homenageia mulheres que promovem a igualdade racial 21/11/2017 - 08:04
O Governo do Paraná homenageou nesta segunda-feira, 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, dez mulheres que se destacam pelo compromisso com a promoção da igualdade racial e pelas ações de valorização da população negra. Elas receberam do governador Beto Richa o “Diploma de Personalidade Afro-Paranaense”.
A solenidade, no Salão Nobre do Palácio Iguaçu, fez parte das ações do Mês da Consciência Negra, realizadas pela Secretaria de Estado da Cultura, com o objetivo principal de resgatar, valorizar e divulgar a cultura afro-paranaense.
“É uma merecida homenagem prestada por todos os paranaenses, que reconhecem a importância dos afrodescendentes para o desenvolvimento do nosso Estado”, afirmou o governador. “Vários atos estão sendo realizados ao longo deste mês em comemoração ao Dia da Consciência Negra, culminando nesta homenagem às mulheres afro-paranenses, que dão sua grande contribuição, em todas as áreas da sociedade e da economia”, ressaltou.
Foram homenageadas Ana Maria Santos da Cruz (Comunidades Quilombolas), Clemilda Santiago Neto (História), Clemildes Ferreira Bahr (Cultura Popular), Dalzira Maria Aparecida (Religião de Matriz Africana), Dora Lucia de Lima Bertulio (Direito), Dulcinéia Novaes (Comunicação), Edna Aparecida Coqueiro (Educação), Geisa Costa (Artes), Michelle Mara (Juventude) e Nará Souza Oliveira (Educação).
Richa destacou a importância da data para refletir sobre a questão racial e combater o preconceito. “O principal objetivo das comemorações, atos e solenidades que acontecem neste mês é, justamente, evitar a intolerância, o preconceito e a discriminação racial. É preciso buscar a convivência harmônica, reconhecer a importância do nosso semelhante, no caso, os negros que dão grandiosa contribuição ao Brasil e ao Paraná”, afirmou.
MOMENTO HISTÓRICO - A escolha dos nomes das homenageadas foi da Secretaria da Cultura e do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Consepir), com a participação da Rede de Mulheres Negras do Paraná. “É um momento histórico em que o Governo do Paraná faz o reconhecimento a mulheres importantes, guerreiras afro-paranaenses, que constroem um estado melhor e mais justo”, disse o secretário da Cultura, João Luiz Fiani.
RECONHECIMENTO – A presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial do Paraná, Edna Aparecida Coqueiro, destacou a importância do reconhecimento das mulheres negras. Ela, que é também coordenadora no departamento de Diversidade da Secretaria de Estado da Educação, foi homenageada como destaque na Educação. “O 20 de novembro é um marco na luta por uma sociedade melhor, uma referência à cultura afro-brasileira e africana e um chamamento para que toda a sociedade reflita e contribua com o combate ao racismo”, ressaltou.
“Faltava no Paraná este tipo de reconhecimento, de que a comunidade negra e os afrodescendentes precisam ser protagonistas de nossa história”, disse a jornalista Dulcinéia Novaes. “É preciso que a contribuição dos afrodescendentes na história do Brasil e do Paraná tenha esta visibilidade”, afirmou.
Advogada e procuradora da Universidade Federal do Paraná, Dora Lucia de Lima Bertulio, afirmou que importância da reflexão sobre a contribuição da população negra. “Esta homenagem tem o valor simbólico de fazer com que as pessoas percebam o mal que o racismo faz à sociedade e voltem a discutir a questão racial”, afirmou. “O Dia da Consciência Negra tem que ser mais celebrado. Espero que eventos como este contribuam para diminuir o racismo, superar os comportamentos racistas e para ter informação sobre como mudar esses comportamentos.”
PRESENÇAS - Participaram da solenidade a secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa; o secretário de Administração e Previdência, Fernando Ghignone; o assessor especial de Juventude, Edson Lau Filho; a diretora-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, Mônica Rischbieter; o presidente do Instituto Brasil-África, Saul Dorval da Silva; o diretor de Relações Institucionais da Federação Árabe Palestina do Brasil e conselheiro Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Ualid Rabah; e os vereadores de Curitiba Mestre Pop e Maria Letícia Fagundes
Ana Maria Santos da Cruz - Comunidades Quilombolas
Representante das Comunidades Quilombolas do Paraná no Conselho dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais (CPICT). Ana Maria é líder da Comunidade Invernada Paiol de Telha, localizada em Reserva do Iguaçu. Também representa no Paraná a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). Ana Maria é conhecida pelos 40 anos de luta em prol do reconhecimento das terras quilombolas.
Clemilda Santiago Neto - História
Licenciada em História pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em 1980. Professora de História para as séries do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da Rede Pública Estadual desde 1988. No Governo do Paraná, atuou em diversas iniciativas voltadas a comunidades tradicionais negras e quilombolas e estudos das relações étnico-raciais e da afrodescendência. Atuou como Coordenadora do Programa Brasil Quilombola, para implementação de Políticas Públicas nas Comunidades de Remanescentes de Quilombos do Estado do Paraná.
Clemildes Ferreira Bahr - Cultura Popular
Conhecida como Dona Mide, tem em seu currículo mais de 30 anos dedicados à pesquisa e divulgação do Fandango paranaense. Criou em 1987 o grupo Meu Paraná com o apoio do folclorista Inami Custódio Pinto. Nascida em uma família de músicos, Dona Mide é irmã do compositor Palminor Rodrigues Ferreira, o Lápis.
Iyagunã Dalzira Maria Aparecida - Religião de Matriz Africana
Conhecida como Iyagunã Dalzira ou Iyá, é a Iyalorixá do templo religioso Ilê Asé Ojogbo Ogum, situado no Bairro Alto em Curitiba. Ao longo de seus 75 anos, Mãe Dalzira tem se destacado pela divulgação do Candomblé e pela luta contra o racismo e a intolerância religiosa. No final dos anos 1970, ingressou na militância do movimento negro nacional, integrando o Grupo de União e Consciência Negra (GRUCON).
Em 2001 foi delegada representando o Brasil na Conferência Mundial de Combate ao Racismo e a Discriminação, em Durban, na África do Sul. Aos 72 anos defendeu sua dissertação de mestrado “Templo religioso, natureza e os avanços tecnológicos: os saberes do candomblé na contemporaneidade” pelo Programa de Pós-Graduação em Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em 2013.
Dora Lucia de Lima Bertulio - Direito
Atualmente é Procuradora da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Público. Atua, principalmente, nos temas: Racismo, Direito e Relações Raciais, Discriminação Racial, Ação Afirmativa, História do Direito Brasileiro.
Dulcinéia Novaes - Comunicação
Formada em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Londrina, com Pós-Graduação em Marketing pela FAE Business School, foi repórter da Folha de Londrina e atualmente é repórter da RPC, afiliada paranaense da Rede Globo de Televisão. Mestre em Comunicação e Linguagens pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) com dissertação defendida em 2007. Professora Universitária na área de Comunicação, em cursos de graduação, pós-graduação e MBA desde 2002.
Edna Aparecida Coqueiro - Educação
Atualmente é coordenadora da Educação das Relações Étnico-Raciais e da Educação Escolar Quilombola no Departamento da Diversidade da Secretaria de Estado da Educação do Paraná e presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CONSEPIR).
Nos anos 1990 iniciou sua participação nas discussões sobre negritude em Paranavaí, contribuindo em diversos momentos para o fortalecimento da luta e das conquistas do povo negro. Como socióloga tem interesse pelas causas sociais e pelo diálogo com as organizações comunitárias e movimentos sociais, em especial os que tratam das questões étnico-raciais e de gênero.
Geisa Costa – Artes
Atriz, produtora, contadora de histórias, terapeuta. Em 1983 iniciou no teatro com o Curso livre da Secretaria de Cultura de Londrina. Estreou no Grupo Delta, de Londrina, com o espetáculo Gota D’agua – De Chico Buarque. Em seguida, Toda Nudez será Castigada, de Nelson Rodrigues, que permaneceu por quatro anos em cartaz. Desde 1993 em Curitiba, Geisa Costa atuou em vários espetáculos no Teatro de Comédia do Paraná e Teatro Guaíra.
Ativista do movimento União e Consciência Negra de Londrina, Geisa Costa criou e produziu em 1988/1992 os primeiros concursos de beleza negra do Norte do Paraná, abrindo espaço para os vários grupos culturais e mulheres negras no disputado mercado de trabalho. Coordenou várias oficinas ligadas ao resgate da cultura negra. Foi tesoureira adjunta da Rede de Mulheres Negras do Paraná.
Michelle Mara – Juventude
Cantora, compositora, atriz, modelo plus size, 36 anos, formada em canto popular pelo Conservatório de MPB de Curitiba e em Musicoterapia pela Unespar. Ficou conhecida como a maior imitadora do Brasil e da América Latina da cantora Areta Franklin, prêmios que ganhou no Domingão do Faustão em 2011 quando venceu o concurso Nacional e Internacional. É a atriz revelação do Longa Amor em Sampa, de Bruna Lombardi, em que comoveu o Brasil com sua interpretação e seu canto, pois é dela a voz do tema principal do Filme. É a organizadora da Marcha do Orgulho Crespo Curitiba, que leva para as ruas a beleza, a estética negra e o grito afinado por “respeito” ao povo negro.
Nará Souza Oliveira - Educação
É professora com especialização em Ensino de Língua Portuguesa, com experiência desde a primeira infância até curso universitário. Nascida em Rio das Flores (RJ), em 1950, chegou com a família ao Paraná no ano de 1962. Atuante no Movimento Negro participou do Grupo de União e Consciência Negra em Curitiba e fundou o Instituto “Rainha Nzinga” em Piraquara. Fez parte do Grupo de Trabalho Clóvis Moura – criado pelo Governo do Estado para localizar, mapear e apontar políticas públicas para as Comunidades Remanescentes de Quilombos do Paraná.
Foi diretora do Colégio Estadual Quilombola Diogo Ramos em Adrianópolis, o primeiro do Paraná. Autora dos livros Curumim e Panela de Barro e Colher de Pau. Atualmente escreve e ministra palestras e oficinas sobre a cultura afro. Uma das idealizadoras, articuladoras e coordenadoras do primeiro ao quarto Encontro de Educadoras e Educadores Negras e Negros do Estado do Paraná.
Agência de Notícias do Paraná
A solenidade, no Salão Nobre do Palácio Iguaçu, fez parte das ações do Mês da Consciência Negra, realizadas pela Secretaria de Estado da Cultura, com o objetivo principal de resgatar, valorizar e divulgar a cultura afro-paranaense.
“É uma merecida homenagem prestada por todos os paranaenses, que reconhecem a importância dos afrodescendentes para o desenvolvimento do nosso Estado”, afirmou o governador. “Vários atos estão sendo realizados ao longo deste mês em comemoração ao Dia da Consciência Negra, culminando nesta homenagem às mulheres afro-paranenses, que dão sua grande contribuição, em todas as áreas da sociedade e da economia”, ressaltou.
Foram homenageadas Ana Maria Santos da Cruz (Comunidades Quilombolas), Clemilda Santiago Neto (História), Clemildes Ferreira Bahr (Cultura Popular), Dalzira Maria Aparecida (Religião de Matriz Africana), Dora Lucia de Lima Bertulio (Direito), Dulcinéia Novaes (Comunicação), Edna Aparecida Coqueiro (Educação), Geisa Costa (Artes), Michelle Mara (Juventude) e Nará Souza Oliveira (Educação).
Richa destacou a importância da data para refletir sobre a questão racial e combater o preconceito. “O principal objetivo das comemorações, atos e solenidades que acontecem neste mês é, justamente, evitar a intolerância, o preconceito e a discriminação racial. É preciso buscar a convivência harmônica, reconhecer a importância do nosso semelhante, no caso, os negros que dão grandiosa contribuição ao Brasil e ao Paraná”, afirmou.
MOMENTO HISTÓRICO - A escolha dos nomes das homenageadas foi da Secretaria da Cultura e do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Consepir), com a participação da Rede de Mulheres Negras do Paraná. “É um momento histórico em que o Governo do Paraná faz o reconhecimento a mulheres importantes, guerreiras afro-paranaenses, que constroem um estado melhor e mais justo”, disse o secretário da Cultura, João Luiz Fiani.
RECONHECIMENTO – A presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial do Paraná, Edna Aparecida Coqueiro, destacou a importância do reconhecimento das mulheres negras. Ela, que é também coordenadora no departamento de Diversidade da Secretaria de Estado da Educação, foi homenageada como destaque na Educação. “O 20 de novembro é um marco na luta por uma sociedade melhor, uma referência à cultura afro-brasileira e africana e um chamamento para que toda a sociedade reflita e contribua com o combate ao racismo”, ressaltou.
“Faltava no Paraná este tipo de reconhecimento, de que a comunidade negra e os afrodescendentes precisam ser protagonistas de nossa história”, disse a jornalista Dulcinéia Novaes. “É preciso que a contribuição dos afrodescendentes na história do Brasil e do Paraná tenha esta visibilidade”, afirmou.
Advogada e procuradora da Universidade Federal do Paraná, Dora Lucia de Lima Bertulio, afirmou que importância da reflexão sobre a contribuição da população negra. “Esta homenagem tem o valor simbólico de fazer com que as pessoas percebam o mal que o racismo faz à sociedade e voltem a discutir a questão racial”, afirmou. “O Dia da Consciência Negra tem que ser mais celebrado. Espero que eventos como este contribuam para diminuir o racismo, superar os comportamentos racistas e para ter informação sobre como mudar esses comportamentos.”
PRESENÇAS - Participaram da solenidade a secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa; o secretário de Administração e Previdência, Fernando Ghignone; o assessor especial de Juventude, Edson Lau Filho; a diretora-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, Mônica Rischbieter; o presidente do Instituto Brasil-África, Saul Dorval da Silva; o diretor de Relações Institucionais da Federação Árabe Palestina do Brasil e conselheiro Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Ualid Rabah; e os vereadores de Curitiba Mestre Pop e Maria Letícia Fagundes
Conheça a atuação das 10 mulheres homenageadas com o Diploma de Personalidade Afro-Paranaense
O Diploma de Personalidade Afro-Paranaense foi entregue pelo governador Beto Richa a 10 mulheres que se destacam pelo compromisso com a promoção da igualdade racial e pelas ações de valorização da população negra. Conheça o trabalho das homenageadas:Ana Maria Santos da Cruz - Comunidades Quilombolas
Representante das Comunidades Quilombolas do Paraná no Conselho dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais (CPICT). Ana Maria é líder da Comunidade Invernada Paiol de Telha, localizada em Reserva do Iguaçu. Também representa no Paraná a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). Ana Maria é conhecida pelos 40 anos de luta em prol do reconhecimento das terras quilombolas.
Clemilda Santiago Neto - História
Licenciada em História pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em 1980. Professora de História para as séries do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da Rede Pública Estadual desde 1988. No Governo do Paraná, atuou em diversas iniciativas voltadas a comunidades tradicionais negras e quilombolas e estudos das relações étnico-raciais e da afrodescendência. Atuou como Coordenadora do Programa Brasil Quilombola, para implementação de Políticas Públicas nas Comunidades de Remanescentes de Quilombos do Estado do Paraná.
Clemildes Ferreira Bahr - Cultura Popular
Conhecida como Dona Mide, tem em seu currículo mais de 30 anos dedicados à pesquisa e divulgação do Fandango paranaense. Criou em 1987 o grupo Meu Paraná com o apoio do folclorista Inami Custódio Pinto. Nascida em uma família de músicos, Dona Mide é irmã do compositor Palminor Rodrigues Ferreira, o Lápis.
Iyagunã Dalzira Maria Aparecida - Religião de Matriz Africana
Conhecida como Iyagunã Dalzira ou Iyá, é a Iyalorixá do templo religioso Ilê Asé Ojogbo Ogum, situado no Bairro Alto em Curitiba. Ao longo de seus 75 anos, Mãe Dalzira tem se destacado pela divulgação do Candomblé e pela luta contra o racismo e a intolerância religiosa. No final dos anos 1970, ingressou na militância do movimento negro nacional, integrando o Grupo de União e Consciência Negra (GRUCON).
Em 2001 foi delegada representando o Brasil na Conferência Mundial de Combate ao Racismo e a Discriminação, em Durban, na África do Sul. Aos 72 anos defendeu sua dissertação de mestrado “Templo religioso, natureza e os avanços tecnológicos: os saberes do candomblé na contemporaneidade” pelo Programa de Pós-Graduação em Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em 2013.
Dora Lucia de Lima Bertulio - Direito
Atualmente é Procuradora da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Público. Atua, principalmente, nos temas: Racismo, Direito e Relações Raciais, Discriminação Racial, Ação Afirmativa, História do Direito Brasileiro.
Dulcinéia Novaes - Comunicação
Formada em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Londrina, com Pós-Graduação em Marketing pela FAE Business School, foi repórter da Folha de Londrina e atualmente é repórter da RPC, afiliada paranaense da Rede Globo de Televisão. Mestre em Comunicação e Linguagens pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) com dissertação defendida em 2007. Professora Universitária na área de Comunicação, em cursos de graduação, pós-graduação e MBA desde 2002.
Edna Aparecida Coqueiro - Educação
Atualmente é coordenadora da Educação das Relações Étnico-Raciais e da Educação Escolar Quilombola no Departamento da Diversidade da Secretaria de Estado da Educação do Paraná e presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CONSEPIR).
Nos anos 1990 iniciou sua participação nas discussões sobre negritude em Paranavaí, contribuindo em diversos momentos para o fortalecimento da luta e das conquistas do povo negro. Como socióloga tem interesse pelas causas sociais e pelo diálogo com as organizações comunitárias e movimentos sociais, em especial os que tratam das questões étnico-raciais e de gênero.
Geisa Costa – Artes
Atriz, produtora, contadora de histórias, terapeuta. Em 1983 iniciou no teatro com o Curso livre da Secretaria de Cultura de Londrina. Estreou no Grupo Delta, de Londrina, com o espetáculo Gota D’agua – De Chico Buarque. Em seguida, Toda Nudez será Castigada, de Nelson Rodrigues, que permaneceu por quatro anos em cartaz. Desde 1993 em Curitiba, Geisa Costa atuou em vários espetáculos no Teatro de Comédia do Paraná e Teatro Guaíra.
Ativista do movimento União e Consciência Negra de Londrina, Geisa Costa criou e produziu em 1988/1992 os primeiros concursos de beleza negra do Norte do Paraná, abrindo espaço para os vários grupos culturais e mulheres negras no disputado mercado de trabalho. Coordenou várias oficinas ligadas ao resgate da cultura negra. Foi tesoureira adjunta da Rede de Mulheres Negras do Paraná.
Michelle Mara – Juventude
Cantora, compositora, atriz, modelo plus size, 36 anos, formada em canto popular pelo Conservatório de MPB de Curitiba e em Musicoterapia pela Unespar. Ficou conhecida como a maior imitadora do Brasil e da América Latina da cantora Areta Franklin, prêmios que ganhou no Domingão do Faustão em 2011 quando venceu o concurso Nacional e Internacional. É a atriz revelação do Longa Amor em Sampa, de Bruna Lombardi, em que comoveu o Brasil com sua interpretação e seu canto, pois é dela a voz do tema principal do Filme. É a organizadora da Marcha do Orgulho Crespo Curitiba, que leva para as ruas a beleza, a estética negra e o grito afinado por “respeito” ao povo negro.
Nará Souza Oliveira - Educação
É professora com especialização em Ensino de Língua Portuguesa, com experiência desde a primeira infância até curso universitário. Nascida em Rio das Flores (RJ), em 1950, chegou com a família ao Paraná no ano de 1962. Atuante no Movimento Negro participou do Grupo de União e Consciência Negra em Curitiba e fundou o Instituto “Rainha Nzinga” em Piraquara. Fez parte do Grupo de Trabalho Clóvis Moura – criado pelo Governo do Estado para localizar, mapear e apontar políticas públicas para as Comunidades Remanescentes de Quilombos do Paraná.
Foi diretora do Colégio Estadual Quilombola Diogo Ramos em Adrianópolis, o primeiro do Paraná. Autora dos livros Curumim e Panela de Barro e Colher de Pau. Atualmente escreve e ministra palestras e oficinas sobre a cultura afro. Uma das idealizadoras, articuladoras e coordenadoras do primeiro ao quarto Encontro de Educadoras e Educadores Negras e Negros do Estado do Paraná.
Agência de Notícias do Paraná