Estudantes usam a tecnologia no combate ao mosquito da dengue 20/08/2019 - 14:40
Usar o celular como aliado no combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti. Foi essa a proposta feita aos alunos da quarta série do Curso Técnico em Informática integrado ao Ensino Médio do Colégio Estadual Malvino de Oliveira, em Porecatu (Norte).
Desde o início do ano, cerca de 25 estudantes, orientados pelo professor de Informática Carlos Eduardo Ortega, vêm mapeando, por meio de um aplicativo gratuito já existente, focos de reprodução do inseto. Segundo o docente, a ideia foi unir a tecnologia ao trabalho de conscientização e combate ao mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
A iniciativa foi bem recebida e aprovada pela turma, que se empolgou com a possibilidade de aprender um conteúdo didático – neste caso específico, a respeito do Aedes aegypti – de forma prática e ainda contribuir para o bem-estar da comunidade. Com o aplicativo instalado nos celulares, os estudantes passaram a fazer o georreferenciamento de focos encontrados. Além disso, produziram armadilhas caseiras, lançando mão de itens como lixas, fita isolante, garrafa pet e microtule.
“Eu fiz o contato com os alunos e eles gostaram da ideia de utilizar o aplicativo e criar as armadilhas. Então, começamos a fazer esse trabalho de conscientização”, conta Ortega.
INICIATIVA AMPLIADA – A equipe vem participando de feiras para divulgar o trabalho. O próximo passo é ampliar o projeto para as escolas municipais da região. Também deve ser firmada uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, a fim de refinar as estatísticas municipais sobre o Aedes aegypti.
O estudante Lucas Tenan, que está no último ano do Curso Técnico em Informática, é um dos participantes. Ele, que já teve dengue, sabe da importância da prevenção e abraçou a ideia logo no início. Tenan espalhou três armadilhas no quintal de casa. Além de ajudar no cuidado com a saúde, o estudante diz que a proposta expande o processo de aprendizagem dos alunos.
“Eu achei a iniciativa muito boa, principalmente porque ajuda a conscientizar as pessoas da cidade. Tem sido um trabalho bem diferenciado, já que o aluno aprende coisas para a vida inteira. Deu tão certo que eu indiquei para vários conhecidos”, avalia o jovem de 18 anos.
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Essa matéria faz parte de uma série de matérias produzidas pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte para mostrar iniciativas, projetos e práticas em sala de aula envolvendo recursos tecnológicos variados.