O Núcleo Regional de Educação de Goioerê, em parceria com a Cooperativa Agroindustrial de Corumbataí do Sul (Coaprocor) promoveram nessa semana o Projeto do Campo para a Escola. Merendeiras das escolas estaduais, nutricionistas e coordenadores de alimentação escolar dos 9 municípios atendidos pela regional representantes da cooperativa participaram de uma capacitação na utilização de polpa de frutas, entregue nas escolas pelo Programas de Aquisição de Alimentos.

A iniciativa contribui para a formação das merendeiras que atuam nas escolas. “O trabalho das merendeiras é muito importante, porque elas dedicam tempo e amor no preparo da merenda escolar, que influencia diretamente na qualidade de vida do aluno, nas formas nutricionais e pedagógicas”, comentou o chefe do Núcleo Regional, Adão Aristeu Ceniz.

Nas escolas, a polpa de fruta entregue pela cooperativa, é de maracujá. A cultura do maracujá mudou a vida de mais de 800 famílias na região de Corumbataí do Sul e projetou a cidade no cenário nacional. “E não foram só os cooperados que ganharam, mas os alunos atendidos ganharam também, em qualidade de vida. Ter uma boa alimentação é sinônimo de vida saudável, e o Governo do Estado do Paraná tem intensificado ações para essa finalidade”, comentou o chefe da regional.

As merendeiras dos 39 escolas compartilharam formas de utilização dos alimentos da agricultura familiar que integram o cardápio da merenda escolar em todo o Paraná. Entre teoria e prática, o encontro resultou na degustação de bolos, biscoitos, vitaminas, geleias, entre outras iguarias. “Preparar diariamente a merenda escolar tem sido um privilégio, pois, a qualidade e a variedade do cardápio nos fazem usar da criatividade e em troca recebemos muitos elogios”, revelou a merendeira da Escola Estadual Jardim Universitário, Neide Desanoski.

O principal ganho do pequeno produtor que se organiza através do cooperativismo, é ter seus produtos com a certeza de venda garantida com preço justo. “O Governo do Paraná, através da agricultura familiar, tem motivado as famílias dos pequenos agricultores a permanecerem no campo, onde é possível fazer o que se gosta com qualidade de vida”, contou Gislaine França, técnica em Alimentos, responsável pela indústria na cooperativa.

A aquisição possibilitando o retorno dos investimentos e lucratividade que garanta uma boa qualidade de vida às famílias. “Na propriedade da família, produzimos maracujá, caqui, batata doce, tomate, acerola, leite entre outros. Éramos em cinco, meu marido, meus três filhos e eu, hoje minha filha mais velha, a Thaís, está estudando fora, e pretende voltar para permanecer junto a família, pois, nosso futuro é promissor”, disse a produtora Eliandra Fernandes Fonseca Luciano, de Corumbataí do Sul.

Eliandra explicou ainda que com a contratação e o fornecimento junto ao governo, o valor pago pelo quilo da polpa aumentou em 100%. “A cooperativa tinha apenas um caminhão, já adquirimos mais um e pretendemos adquirir outro. A ideia é atender as escolas de todo o estado, agora podemos sonhar, disse.