PAD ajuda escola de Ponta Grossa a melhorar sua realidade 06/11/2013 - 08:40
O Plano de Ações Descentralizadas (PAD) está contribuindo com o desenvolvimento de várias propostas de mudanças que as escolas estão implantando pela melhoria da qualidade da educação no Paraná. No Colégio Estadual José Elias da Rocha, em Ponta Grossa, que tem cerca de 450 estudantes e 50 profissionais, o plano ajudou a fortalecer uma série de medidas que a escola vem tomando há quatro meses para transformar o colégio.
O principal projeto do colégio é o “Eu amo a minha escol@” que pretende estimular a uma boa convivência entre as pessoas e o sentimento de pertencimento. “Além do cuidado com a escola e o respeito entre aluno, queremos que os estudantes entendam que uma educação de qualidade é um direito. E que é preciso a colaboração de todos nesse processo”, contou o diretor interventor, Douglas Grzebieluka.
Durante o recesso de julho, vários cartazes foram espalhados pelas paredes do colégio para incentivar os alunos a respeitarem seus colegas, professores e funcionários. Os cartazes serviram para recepcionar os estudantes e lembrá-los sobre a importância que a educação formal tem para o seu futuro.
No início do segundo semestre, a escola teve o apoio do Batalhão da Patrulha Escolar Comunitária para realização de palestras de orientação sobre respeito, prevenção ao uso de drogas ilícitas e valorização do patrimônio público. Os trabalhos diários também contemplam projetos de recuperação de estudos e o resgate de alunos ausentes ou faltosos.
O PAD tem auxiliado a escola nas questões mais pedagógicas, que já eram promovidas pela escola, mas ganharam um melhor direcionamento. A escola fez um levantamento de informações com os seus índices educacionais. O gráfico foi trabalhado com professores, estudantes e familiares. “Cada turma discutiu e elaborou o seu próprio plano de ações. A responsabilidade pela melhoria da qualidade de ensino não é responsabilidade de um só, é de todos”, disse o diretor interventor.
Outras ações foram programadas, mas sempre com foco no processo de ensino e de aprendizagem e com a participação de todos os envolvidos. “Pudemos opinar sobre as ações para o benéfico dos alunos. Eles precisam sentir que a gestão trabalha para eles. O PAD é válido para a escola e trabalhar a dificuldade de cada um”, comentou a professora de Filosofia, Eslângela Terezinha Duarte.
Para os professores ainda foram feitas reuniões pedagógicas para reflexão sobre a sua prática. Uma pasta com textos é deixada para que os professores leiam na hora atividade e discutam em encontros quinzenais com acompanhamento dos pedagogos. “Há uma motivação maior nos professores. Percebemos uma valorização do nosso papel, que é orientar, conciliar, instruir, abrir os horizontes para o aluno, além de transmitir conteúdos”, falou a professora de Matemática, Sandra Nara Pires de Oliveira.
Os resultados já estão sendo percebidos por toda a comunidade escolar. “Nesses últimos meses houve mudanças para melhor. A escola está mais bonita, está mais arrumada. Os professores estão buscando outras práticas para as suas aulas”, contou a aluna do 2º ano do ensino médio, Jheniffer dos Santos.
Ela também lembrou o projeto “Minuto da Leitura”. Todos os dias a escola tem um momento para leituras de fichas com variados tipos de textos. O tempo é variado, porque os professores têm a liberdade de trabalhar com os textos, dependendo do interesse de cada turma.
O reforço da parceria com o curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) busca fortalecer as instâncias colegiadas da escola – conselho escolar, grêmio estudantil, e associação de pais, mestres e funcionários. “Nós reivindicamos nossos direitos, mas queremos que os alunos entendam que é preciso cumprir os seus deveres, como o interesse aos estudos, o amor pela escola, os cuidados com ela, e o respeito com todos”, disse a aluna do 2º ano do ensino médio e vice-presidente do Grêmio Estudantil Cejer, Caroline Lacerda.
Ainda foram feitos diversos investimentos em infraestrutura para melhorar os espaços da escola. Houve uma readequação da biblioteca, melhoria dos espaços na sala de professores e criada uma sala para os pedagogos, pintura das paredes internas da escola, além de pequenos reparos. Os recursos vieram do Fundo Rotativo e do Programa Dinheiro Direto na Escola. Um mutirão para limpeza e arrumação da escola também foi feito.