Professores e alunos do Colégio Estadual Doutor Francisco de Azevedo Macedo, em Curitiba, ganharam uma sala específica para trabalhar a disciplina de Arte. O espaço físico é a concretização do projeto desenvolvido pela professora Josiane Krause, no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria da Educação e é usado desde o início do mês.
Josiane Krause explica que o “Projeto de intervenção pedagógica na escola - sala de arte: a importância do espaço” valoriza a disciplina com a implantação de uma sala equipada de acordo com as necessidades que o ensino e a aprendizagem de arte exigem.
Em sua pesquisa, ela aprendeu que a arquitetura e as cores do ambiente influenciam a produção e o aproveitamento do aluno no ambiente escolar. “Distrair a atenção do estudante é prejudicial ao trabalho artístico já que a percepção é fundamental para o trabalho com arte”, afirma a professora.
Depois de estudo detalhado das características pertinentes a uma sala “ideal”, Josiane Krause conversou com a diretora do colégio em que lecionava, que indicou o local para a construção da sala. Depois de pronta, o primeiro passo foi conscientizar os alunos sobre a preservação do lugar. “Os estudantes assistiram vídeo e palestra com orientações a respeito dos cuidados que devem ter para manter o bom funcionamento do ambiente”, diz a diretora, Zenith Rotondo.
Ela conta que professores e alunos estão empolgados com o novo ambiente, que funciona também para guardar e expor trabalhos. “O espaço, por si só já é um estímulo para os alunos que, agora, tem a possibilidade de colocar a mão na massa, usando sucata, argila, pincel e tintas”.
ECOLOGIA – Além de envolver toda a comunidade escolar, o projeto contou também com a parceria da professora de arte Ivanilde Frankiv, que trabalhou a reciclagem de mobiliário inservível da escola.
De acordo com ela, a sala foi projetada com o intuito de otimizar espaço e tornar o ambiente acolhedor e propício à prática, tanto para o professor como para o aluno. “O professor se sente valorizado ao poder trabalhar de maneira mais completa e os estudantes, motivados e concentrados, aprendem e produzem mais por meio da prática”.
A aluna Jacqueline Horbus da 6.ª série conta que, na sala convencional, eles tinham que juntar as carteiras e as aulas eram mais teóricas. “Esta sala é mais confortável, as mesas são maiores e tem tanque para limparmos o pincel”. Josiane Krause explica que o tanque é utilizado para umedecer e limpar o material. “Para não haver contaminação do manancial de águas, providenciamos também uma caixa de decantação para impedir a passagem de detritos e material contaminante”.
Josiane desenvolveu um caderno temático para orientar os professores acerca das características e das possibilidades de construção da sala de arte com baixo custo. “A idéia é que esta sala sirva de exemplo e estimule outras escolas a criar o espaço também”.