Profissionais debatem melhorias nos colégios agrícolas 20/10/2015 - 10:23
A melhoria da qualidade de ensino ofertado aos cerca de cinco mil estudantes dos colégios estaduais agrícolas e no colégio estadual florestal é tema do Simpósio Eixo Tecnológico Recursos Naturais, promovido pela Secretaria de Estado da Educação. O evento começou nesta segunda-feira (19), em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná e conta com a participação de 200 profissionais da educação.
“Dentro dos principais objetivos do simpósio está a reformulação curricular, que já se faz necessária há algum tempo nos curso de agropecuária e florestal. Além disso, buscamos a atualização da gestão dos colégios agrícolas. Com isso, esperamos um reflexo positivo na educação ofertada aos nossos estudantes”, explicou a chefe do Departamento de Educação e Trabalho, Margaret Sbaraini.
Durante cinco dias, professores, pedagogos, diretores e funcionários, que trabalham nos 18 colégios estaduais agrícolas e no colégio estadual florestal localizado em Irati, na região Centro-Sul do Estado, participam de oficinas que vão proporcionar conhecimentos teóricos e práticos da gestão da propriedade rural, além de oferecer conhecimentos sobre técnicas de conservação e produção de alimentos de origem animal. Outro ponto importante é debater a necessidade de atualização da proposta curricular do eixo tecnológico recursos naturais.
Os participantes também têm a oportunidade de conhecer as diferentes realidades das instituições de ensino agrícolas e florestal de todo o Paraná. “Temos a chance de trocar experiências significativas entre os colégios. É um momento muito importante porque ensinamos e também aprendemos com a vivência dos trabalhos realizados”, explicou o diretor do Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola Mohamad Ai Hamzé, em Cambará, Eleandro Silva.
AGRÍCOLAS – Nos colégios agrícolas os estudantes recebem uma formação profissional de nível técnico para atuarem na área de agropecuária. O currículo de cada um atende os arranjos econômicos locais e podem variar conforme a região.
As unidades são o Colégio Agrícola Estadual Manoel Ribas (Apucarana), Centro Estadual de Educação Profissional (Ceep) de Arapoti, Ceep Agrícola Mohamad Ai Hamzé (Cambará), Colégio Agrícola Estadual de Campo Mourão, Ceep Olegário Macedo (Castro), Ceep Assis Brasil (Clevelândia), Colégio Agrícola Estadual do Noroeste (Diamante do Norte), Ceep Prof. Manoel Moreira Pena (Foz do Iguaçu), Ceep Sudoeste do Paraná (Francisco Beltrão), Ceep Arlindo Ribeiro (Guarapuava), Ceep Profissional Agrícola da Lapa, Colégio Agrícola Estadual Getúlio Vargas (Palmeira), Colégio Agrícola Estadual Adroaldo Augusto Colombo (Palotina), Ceep Newton Freire Maia (Pinhais), Ceep Lysimaco Ferreira da Costa (Rio Negro), Colégio Agrícola Estadual Fernando Costa (Santa Mariana), Ceep de Toledo, Colégio Agrícola Estadual de Umuarama.
FLORESTAL – No Colégio Florestal Estadual Presidente Costa e Silva, em Irati, os alunos se formam como técnicos para desenvolver atividades que envolvem a área florestal, como semeadura, plantio, poda e reflorestamento, entre outras. “Temos uma estrutura adequada, aliada a um bom ensino para garantir o sucesso dos nossos alunos no mundo do trabalho”, comentou o diretor, Gilmar Gumy.
SIMPÓSIO – O evento consta no calendário do programa de formação continuada dos profissionais da educação da rede estadual de ensino e é uma parceria com o programa Brasil Profissionalizado do Ministério da Educação.
Desde 2011 já promovidos sete simpósios para atender a formação de profissionais de todos os eixos que envolvem a educação profissional. Aproximadamente 6,2 mil pessoas participaram desses eventos. Até o final de 2018 serão promovidos mais 12 outros simpósios.
O evento debate ainda propostas teóricas e práticas da gestão da propriedade rural, as diferentes técnicas de conservação e produção de alimentos de origem animal, e a atualização curricular para a área.
INVESTIMENTOS – A Secretaria da Educação do Paraná, com o repasse dos recursos do Programa Brasil Profissionalizado, garantiu o investimento parcial de quase R$ 12 milhões somente para os colégios agrícolas e o florestal. São laboratórios, mobiliário, implementos agrícolas, acervo bibliográfico, transporte escolar e sistema de segurança. Outros R$ 23,8 milhões também foram garantidos para a construção e melhorias na infraestrutura dessas unidades de ensino.