Recursos descentralizados garantem obras mais rápidas 27/05/2014 - 11:05

Obras nas escolas estaduais que custam até R$ 150 mil são feitas com recursos descentralizados, uma modalidade de repasse criada pela Secretaria da Educação, usada desde 2011 e que agiliza a contratação e realização do serviço. Os diretores têm mais autonomia para contratar os serviços e, com isso, diminui o tempo para a execução das obras.

Em 2013 foram investidos R$ 28 milhões em obras com recursos descentralizados em 238 escolas do Estado. Desde janeiro até o mês de maio deste ano já foram repassados R$ 1,9 milhão para obras no valor de até R$ 150 mil em 17 escolas do Estado.

MELHOR AMBIENTE - No Colégio Estadual Telmo Octávio Muller, em Marmeleiro, todo o forro foi trocado, o madeiramento do telhado foi arrumado, telhas novas foram colocadas e as paredes externas e internas foram pintadas. A obra ficou em R$ 112 mil.

O diretor Ivanir Buratto afirma que o sistema de verba descentralizada pode melhorar o ambiente físico de muitas escolas do estado. “É um dinheiro que a escola pode controlar. É o diretor que faz o cheque para pagar”, diz ele. Buratto ressalta que o espaço físico também contribui para o ensino-aprendizagem. “Além disso, quando os alunos têm uma escola com melhor aparência eles ajudam na preservação dos prédios”, diz ele.

DIRETO NA CONTA - A verba é chamada de descentralizada porque vai direto para a conta da escola e o diretor é quem administra o recurso. A licitação também é feita de forma mais rápida e simplificada, por meio de uma carta convite aos empresários. O menor valor de execução é o contratado.

Um processo comum de licitação leva cerca de dois anos, desde o protocolo até a assinatura da ordem de serviço para o início da obra. Com a verba descentralizada esse tempo é reduzido para seis meses, em média. Essa rapidez já chegou a todas as regiões do Estado e a modalidade dos recursos descentralizados ajudou a movimentar a economia dos municípios.

EMPRESA CRESCE - O empresário Eduardo Grande, da empresa Multiservice de Londrina (Norte), já fez obras descentralizadas em nove colégios da região. Quando atendeu a primeira escola, em 2013, a empresa tinha oito funcionários registrados. Atualmente são 30 empregados, 26 estão diretamente nas obras descentralizadas da Educação.

“Hoje conseguimos ter um plano de desenvolvimento, um projeto de aplicação futura visando o crescimento da empresa. Conseguimos dar benefícios aos funcionários porque temos a certeza que já temos essas obras para trabalhar. Acredito ser uma maneira bastante eficiente que o Governo do Estado encontrou para fazer essas reformas e adequar isso à realidade das escolas”, afirmou Eduardo Grande.

Além do crescimento da empresa, contratando mais funcionários, o empresário explicou que todo o material de construção usado nas obras é comprado nas cidades onde estão sendo feitas as reformas. “Procuramos pegar o material sempre no local da obra. Assim temos um custo menor, não temos frete. Isso facilita bastante e gira a economia da cidade ao redor da obra”, disse.

AMBIENTES RENOVADOS – O Colégio Estadual de Marmeleiro, na região Sudoeste, recebeu obras no piso e pintura da quadra esportiva. O diretor Celso Pedro Scolari afirmou que se não fossem os recursos descentralizados, a escola não teria condições de fazer as obras.

“A verba descentralizada é interessante, porque vem satisfazer uma necessidade da escola. Agora temos uma agilidade para a recuperação dos espaços escolares, é uma modalidade que funciona bem”, disse o diretor sobre a importância dos recursos descentralizados.

MAIS ÁGIL E PRÁTICA - O empresário Denílson Gonçalves, da Talento Pré-Moldados de Realeza (Sudoeste), reforça a opinião dos diretores sobre essas verbas de até R$ 150 mil para reformas. “É uma licitação mais ágil, mais prática e a gente recebe sempre em dia. Como são obras menores, compramos todos os materiais nas próprias cidades onde são feitas as obras. A mão-de-obra também é contratada nos municípios onde estão as escolas. Isso movimenta a economia dessas cidades”, afirmou Gonçalves.

Em Francisco Beltrão (Sudoeste), com a verba descentralizada, o diretor Marcos Antonio Bevilaqua conseguiu arrumar o muro do Colégio Mário de Andrade. O investimento foi de R$ 120 mil e também serviu para melhorar a entrada da escola.

“A agilidade ajudou na reconstrução do muro, é uma verba bem democrática, rápida de ser licitada e usada, não traz grandes transtornos para as escolas. É um valor que dá para fazer uma obra de médio porte tranquilo”, afirmou o diretor.

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