Representantes da Secretaria de Estado da Educação (SEED) participaram nesse domingo (19), em Curitiba, da 5ª edição da Parada da Diversidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). O tema do evento defendeu a cidadania e o voto contra a homofobia e objetivou para dar visibilidade às reivindicações dessa população.
Alayde Digiovanni, superintendente da Educação, esteve presente e declarou que a garantia ao acesso universal e a permanência dos alunos, com uma educação de qualidade, passa também pelas discussões contra a discriminação e preconceito dentro das escolas. “É de extrema importância que a educação participe destes eventos para discutir e garantir um direito que é de todos e todas”, comentou.
Wagner Roberto do Amaral, chefe do Departamento da Diversidade (Dedi), adiantou que a presença da SEED é uma renovação dos compromissos assumidos junto à população LGBT pela superação do preconceito dentro e fora do espaço escolar. “Nossa palavra de ordem, não só aqui, mas em todos os demais dias do ano, é que a escola é um lugar de todos e todas, não é um ambiente para o preconceito ou para discriminação, tampouco para a homofobia, racismo e machismo, dentre outras formas de exclusão”, ressaltou.
Dayana Brunetto, coordenadora do Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual (Ngds) da SEED, disse que o apoio da SEED à parada demostra um canal de diálogo entre o governo do Estado e os movimentos sociais. “A participação da SEED é necessária, porque o evento é um ato político importante para a comunidade LGBT e a educação é uma política pública que se estende a todas as pessoas”, explicou. Segundo ela, o tema do evento “Vote contra a homofobia, defenda a cidadania” é de suma importância porque se passa em tempos de eleições. “É preciso garantir a igualdade de direitos e o acesso e permanência desta população nas escolas públicas estaduais”.
Leo Ribas, articuladora estadual da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL) entende que o evento serve para dar visibilidade à comunidade LGBT e busca políticas públicas para esta comunidade. “Quem não é visto, não é lembrado e quem não é lembrado, não tem direitos”, enfatizou. Ela ainda comentou que incluir e dar condições de permanência a essa população nas escolas é fundamental para discutir o preconceito em relação à diversidade sexual.
A presença da SEED na manifestação se dá devido à sua participação no Fórum Paranaense de Gênero e Diversidade Sexual, por meio do Dedi), com representantes do Ngds e do Núcleo de Educação das Relações Etnicorraciais e Afrodescendência (Nerea). O Fórum ainda é composto pela Secretaria de Gênero e Promoção da Igualdade Racial da APP Sindicato; Marcha Mundial das Mulheres; Liga Brasileira de Lésbicas (LBL); Instituto de Pesquisa da Afrodescendência (Ipad Brasil); Conselho Regional de Serviço Social (CRESS/PR); Núcleo de Estudos de Gênero da Universidade Federal do Paraná (UFPR); Grupo de Estudos de Gênero da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); Associação Brasileira de Gay, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGT); Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz); e Aliança Pela Cidadania LGBT (Grupo Dignidade, Dom da Terra, Transgrupo Marcela Prado, Artemis, Centro Paranaense de Cidadania - Cepac e Associação Paranaense da Parada da Diversidade -APPAD).