Reunião normatiza material didático para alunos cegos 19/07/2013 - 17:10

A Secretaria da Educação promoveu nessa semana, em Curitiba, o encontro para discutir a normatização da produção de livros e materiais pedagógicos em Braille feito pelos Centros de Apoio Pedagógico para Deficientes Visuais no Paraná. Ao todo, cerca de 700 alunos cegos e outros 5 mil com baixa visão, que estudam a partir do 6º ano na rede de ensino do Paraná, serão beneficiados com essa normatização.

A normatização do material didático irá beneficiar os alunos. “A qualidade dos materiais pedagógicos ofertados é o principal ponto que estamos discutindo, assim conseguimos fazer uma organização pedagógica e administrativa”, explicou Ricardo José de Lima que integra a equipe de deficiência visual do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional.

O evento contou com a participação de 35 pessoas entre representantes do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional da Secretaria da Educação e pessoas que atuam nos centros pedagógicos. Esta é a 2ª edição do evento que aconteceu também em 2011 com o objetivo de fazer uma instrução normativa de funcionamento dos Centros de Apoio Pedagógico.

Com a normatização, que segue orientações da Comissão Brasileira do Braille, todos os materiais impressos pelas cinco unidades dos centros no Paraná: Cascavel, Curitiba, Francisco Beltrão, Londrina e Maringá, serão padronizados. Os materiais didáticos poderão ser em Braille, formato digital acessível e mapas táteis.

O centro de apoio constitui uma unidade que visa dar suporte e apoio pedagógico aos alunos e professores na escola comum e na sala de recursos. Além de oferecer cursos ou programas complementares de orientação e mobilidade em educação especial (deficiência visual) para os professores de classe comum, e a preparação da comunidade escolar para o processo de inclusão.

“Essa formatação da produção Braille vai remeter na qualidade do livro que o aluno está recebendo. Foi um debate bem intenso e aprofundado e isso vai se reverter numa qualidade muito grande do material”, disse a professora Ângela Mari Labatut, que dá aula para deficientes visuais em Maringá.

A produção desse material didático contribui para o ensino e inclusão dos estudantes com deficiência visual. “A proposta garante o direito à igualdade de oportunidades de aprendizagem aos alunos cegos ou com baixa visão”, destacou a diretora do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional, Walquíria Onete Gomes.

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