Secretária apresenta avanços na educação do campo no Paraná 06/04/2010 - 16:48
O trabalho iniciado em 2003 pelo Governo do Paraná levou melhorias às escolas do campo que beneficiaram milhares de estudantes, disse nesta terça-feira (6) a secretária da Educação, Yvelise Arco-Verde. Ela apresentou na reunião semanal da Escola de Governo, em Curitiba, os avanços nas políticas públicas para a educação de alunos que vivem no campo. Atualmente, a rede estadual de ensino tem 49,8 mil estudantes matriculados em 423 escolas do campo, que incluem unidades em ilhas, acampamentos, quilombos e itinerantes.
“Eu sei das dificuldades que quem vive no campo enfrenta para estudar. Sei o que é entrar numa escola aos nove anos e depois fazer o segundo grau 500 quilômetros longe de casa, porque não tinha escola perto”, lembrou o governador Orlando Pessuti. “Por isso, eu valorizo ações que promovem a inclusão de negros, índios, trabalhadores rurais, acampados, assentados, ciganos. Todos têm direito à educação”, enfatizou.
Yvelise lembrou que as dificuldades que o governador enfrentou fazem parte da história de vida de milhares de brasileiros. “O êxodo rural tirou de muitos jovens do campo a possibilidade de estudar. No Paraná, investimos numa educação que promova a cidadania e proporcione ao estudante o desenvolvimento de sua capacidade crítica”, disse.
O Governo do Paraná assumiu a educação do campo como prioridade, permitindo que costumes e saberes locais se agreguem à formação oferecida ao estudante. “Elaboramos materiais pedagógicos específicos, com a colaboração dos professores, com propostas específicas para a educação no campo, sua realidade, cultura e tradição”, falou a secretária.
Nos últimos anos, a Secretaria da Educação criou escolas itinerantes, que acompanham o deslocamento de famílias sem-terra, garantindo a educação de crianças, jovens e adultos. Outro exemplo é o aumento de escolas do campo estaduais. “Houve um crescimento de 33% no número de escolas entre o ano de 2000 e 2008”, disse Yvelise.
No ensino médio, a mudança é ainda mais significativa, com um aumento de 420% no número de escolas rurais estaduais. “Em 2000, eram 30 escolas do campo. Em 2008, passamos a 156 escolas de ensino médio”, informou Yvelise. “Passamos de 3,3 mil para 15,3 mil alunos matriculados no ensino médio em escolas do campo neste período.”
Yvelise apresentou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo IBGE em 2007. “O maior problema do País é a baixa e desigual escolarização dos brasileiros”, argumentou. Os dados revelam que ainda há 14 milhões de analfabetos no Brasil, principalmente na área rural.
As desigualdades na educação dos brasileiros são maiores quando se compara o nível de escolaridade dos estudantes do campo com os da cidade. Na área rural, 23% das escolas não têm luz elétrica, 75% não têm biblioteca, 98% não têm laboratório de ciências e 90% não têm acesso a internet. “No Paraná, 100% das escolas têm acesso a internet e laboratório”, afirmou a secretária.
A pesquisa revela ainda que apenas 33% dos alunos do campo conseguem terminar o ensino médio, comparando com 54% da área urbana. Sobre o baixo nível de escolaridade da população do campo, os dados mostram que no campo a média brasileira é de quatro anos de estudo, enquanto na zona urbana é de sete anos.
“Eu sei das dificuldades que quem vive no campo enfrenta para estudar. Sei o que é entrar numa escola aos nove anos e depois fazer o segundo grau 500 quilômetros longe de casa, porque não tinha escola perto”, lembrou o governador Orlando Pessuti. “Por isso, eu valorizo ações que promovem a inclusão de negros, índios, trabalhadores rurais, acampados, assentados, ciganos. Todos têm direito à educação”, enfatizou.
Yvelise lembrou que as dificuldades que o governador enfrentou fazem parte da história de vida de milhares de brasileiros. “O êxodo rural tirou de muitos jovens do campo a possibilidade de estudar. No Paraná, investimos numa educação que promova a cidadania e proporcione ao estudante o desenvolvimento de sua capacidade crítica”, disse.
O Governo do Paraná assumiu a educação do campo como prioridade, permitindo que costumes e saberes locais se agreguem à formação oferecida ao estudante. “Elaboramos materiais pedagógicos específicos, com a colaboração dos professores, com propostas específicas para a educação no campo, sua realidade, cultura e tradição”, falou a secretária.
Nos últimos anos, a Secretaria da Educação criou escolas itinerantes, que acompanham o deslocamento de famílias sem-terra, garantindo a educação de crianças, jovens e adultos. Outro exemplo é o aumento de escolas do campo estaduais. “Houve um crescimento de 33% no número de escolas entre o ano de 2000 e 2008”, disse Yvelise.
No ensino médio, a mudança é ainda mais significativa, com um aumento de 420% no número de escolas rurais estaduais. “Em 2000, eram 30 escolas do campo. Em 2008, passamos a 156 escolas de ensino médio”, informou Yvelise. “Passamos de 3,3 mil para 15,3 mil alunos matriculados no ensino médio em escolas do campo neste período.”
Yvelise apresentou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo IBGE em 2007. “O maior problema do País é a baixa e desigual escolarização dos brasileiros”, argumentou. Os dados revelam que ainda há 14 milhões de analfabetos no Brasil, principalmente na área rural.
As desigualdades na educação dos brasileiros são maiores quando se compara o nível de escolaridade dos estudantes do campo com os da cidade. Na área rural, 23% das escolas não têm luz elétrica, 75% não têm biblioteca, 98% não têm laboratório de ciências e 90% não têm acesso a internet. “No Paraná, 100% das escolas têm acesso a internet e laboratório”, afirmou a secretária.
A pesquisa revela ainda que apenas 33% dos alunos do campo conseguem terminar o ensino médio, comparando com 54% da área urbana. Sobre o baixo nível de escolaridade da população do campo, os dados mostram que no campo a média brasileira é de quatro anos de estudo, enquanto na zona urbana é de sete anos.


