Segundo turno para escolha de diretores nesta sexta (18) 18/12/2015 - 16:20

Pais, alunos, professores e funcionários voltaram às urnas nesta sexta-feira (18) para participar do segundo turno do processo de escolha dos diretores das escolas estaduais. A votação é realizada em 39 unidades escolares em todo o Paraná. O primeiro turno foi no dia 3 de dezembro e agora serão definidas as chapas que não conseguiram a maioria dos votos ou as escolas que não atingiram o quórum mínimo de votação.

A eleição aconteceu em 2.026 das 2,1 mil escolas da rede estadual de ensino. Não houve escolha de direção nas escolas indígenas e religiosas, que também fazem parte da rede, mas possuem regras específicas. O primeiro turno definiu os diretores e vices em 1.987 escolas estaduais. A principal mudança neste ano foi o voto universal, com o mesmo peso para professores, funcionários, pais e estudantes com mais de 16 anos.

A votação desta sexta-feira segue até as 22 horas e logo após começará a contagem dos votos para apontar os vencedores nestas 39 escolas. Até o final da próxima semana o resultado oficial deverá ser homologado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

PROCESSO TRANQUILO - Nas escolas que passam pela segunda votação, o processo tem sido tranquilo e com grande participação da comunidade escolar. No Colégio Estadual Professor Luiz Carlos de Paula e Souza, no bairro Umbará, em Curitiba, professores e funcionários aproveitaram para votar pela manhã.

O colégio tem aproximadamente 1.100 alunos. “Está bem tranquila a votação. Agora pela manhã professores, funcionários, alunos e alguns pais já votaram. Pela tarde o movimento deverá aumentar”, explicou Emerson José de Araújo, presidente da Comissão Consultiva Local.

No Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa (Campos Gerais), cinco escolas realizam o segundo turno. O Colégio Estadual Nossa Senhora da Glória, de Ponta Grossa, tem 645 alunos e o movimento de votação é grande nesta sexta-feira. Até por volta das 9h30 já haviam sido computados 57 votos no colégio.

Muitos pais aproveitaram a manhã para escolher uma das chapas que disputam a eleição. Andresa Lopes da Fonseca, mãe do aluno Andrei Lopes, 11 anos, do 6º ano, fez questão de votar tanto no primeiro quanto agora no segundo turno.

“Acho importante votar, se a gente quer que a escola continue crescendo e o nosso filho crescendo junto. A família tem que estar junto, presente na escola”, afirmou Andresa, que acredita no voto como uma ferramenta de mudança. “Sempre esperamos que com a votação as coisas mudem e melhorem, assim como as eleições gerais quando decidimos pelos nossos representantes”, comparou.

Na cidade de Maringá (Noroeste), apenas o Colégio Estadual Tancredo de Almeida Neves realiza a votação de segundo turno nesta sexta. O colégio tem cerca de 900 alunos. Até por volta das 11 horas já tinham votado 100 pessoas. Para ser considerada válida, a votação no colégio precisa atingir um quórum mínimo de 300 votos. Esse total deve ser superado até o final da tarde.

COMO FUNCIONA - O mandato é de quatro anos e o diretor terá o trabalho avaliado pela comunidade, com metas para cumprir. Após dois anos, o Conselho Escolar, formado por alunos, pais, professores e funcionários, fará uma avaliação do cumprimento das metas e da prestação de contas.

HISTÓRICO – Em novembro de 2014, a Assembleia Legislativa aprovou a proposta do Governo do Estado para prorrogar a eleição de diretores para 2015.

Na época, a decisão de alteração da lei atendia a uma solicitação dos professores, que tiveram em 2014 um ano letivo comprometido por vários eventos, como a Copa do Mundo, a paralisação da categoria e enchentes em algumas regiões do Paraná. O calendário escolar ficou bastante prejudicado. Os diretores tinham receio de que, naquele momento, o processo de escolha prejudicasse o andamento dos trabalhos pedagógicos.

No projeto de lei enviado este ano ao Legislativo foram propostas mudanças importantes, como a do voto universal e a exigência de que o candidato a diretor apresente um Plano de Ação, a ser avaliado pela comunidade escolar no transcorrer da gestão. O projeto de lei foi aprovado pelos deputados estaduais e a lei foi sancionada em 13 de outubro de 2015.

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