O seminário “A Cor da Cultura” debateu as formas de ensinar a história e a cultura afro-brasileira e africana nas salas das escolas públicas do Paraná. O evento, promovido pelo Departamento de Educação para a Diversidade da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR), foi realizado nesta quinta e sexta-feira (18 e 19) no auditório da Diretoria de Tecnologia Educacional (Ditec), em Curitiba.

Cerca de 400 professores dos Núcleos Regionais de Educação de Curitiba, Área Metropolitana Sul, Área Metropolitana Norte e da rede municipal de Curitiba participaram do seminário. Em dois dias foram realizadas palestras, apresentações e oficinas.

O evento também teve o apoio e participação do projeto “A Cor da Cultura”, do Canal Futura, que disponibilizou materiais paradidáticos e audiovisuais. A coordenadora da Educação das Relações da Diversidade Étnico-Racial no Paraná, Edna Coqueiro, explicou que no Estado existem equipes multidisciplinares que discutem a melhor forma de efetivar a aplicação da lei 10.639, de 2003, nos estabelecimentos de ensino.

A lei fala sobre a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos da educação básica. “Estamos tratando de uma discussão extremamente importante para toda a sociedade, para que não haja a inferiorização de uma raça em relação à outra”, explicou Edna Coqueiro.

A coordenadora também afirmou que o seminário é importante para preparar o professor para tratar esses temas dentro da sala de aula. “O curso tem a função de levar teoria e prática para os professores, para que façam uma discussão com conteúdo sobre o tema. Aqui temos uma troca de experiências. Nas oficinas também foram feitas reflexões sobre as práticas pedagógicas”, definiu Edna.

Para Sandro Fernandes, professor de História na Escola Municipal Durival Britto e Silva, no Cajuru, em Curitiba, o seminário foi importante para os professores terem contato com experiências desenvolvidas pelos colegas. “As discussões teóricas dão a base para os professores desenvolverem seus trabalhos. O professor precisa estar qualificado e esse espaço do seminário foi muito importante para isso. Aqui podemos discutir formas para trabalharmos na sala de aula”, disse Sandro.