Técnicos das equipes de diversidade dos núcleos participam da primeira reunião técnica 03/04/2009 - 15:59
Cerca de 200 técnicos pedagógicos das equipes de diversidade dos núcleos regionais de educação participaram da 1ª Reunião Técnica promovida pelo Departamento da Diversidade (Dedi) da Secretaria da Educação (Seed) que encerrou nesta sexta-feira (3), em Curitiba. Foram discutidas as estratégias e ações que serão realizadas durante este ano na rede pública estadual. "Já ultrapassamos o momento inicial de diagnóstico e estudos básicos sobre o assunto, agora é o momento de enfrentamento no chão da escola de como lidar com a diversidade", comentou a secretária da Educação, Yvelise Arco-Verde. Segundo ela, o ponto principal é a construção de uma agenda que concretize as ações que estão sendo consolidadas desde 2003.
Ela destacou que a escolarização deve oferecer práticas que venham a respeitar as diferenças os alunos que se encontram na diversidade. "Além da permanência, é preciso verificar o processo de escolarização para que haja um avanço nos estudos", disse. A secretária lembrou que o combate à discriminação e ao preconceito não é somente o papel da escola. "Mesmo após concretizar a educação como um direito de todos, garantindo a aprendizagem aos excluídos, a diversidade ainda é um grande desafio para a sociedade".
Wagner Roberto do Amaral, chefe do Departamento da Diversidade, salientou que a proposta da Seed para reunião tem um caráter inédita em relação à valorização das políticas que tratam da diversidade. "Para a universalização da educação básica aos diversos sujeitos, são necessárias políticas de diversidade, entendendo que para cada sujeito existem estratégias de chamamento para a escola, inclusão e permanência nela ", afirmou.
A reunião teve como outros objetivos o diagnóstico e o acompanhamento das discussões do trabalho nas unidades escolares. Existe também a possibilidade da produção de material didático para a capacitação de professores. Ele comentou que o Paraná está à frente nas políticas de diversidade. "A própria Secretaria está se revendo, pensando e planejando coletivamente em políticas públicas". Amaral também ressaltou a importância que a discussões promovem junto à sociedade. "Aprendendo a conviver com os diversos padrões, eles serão problematizados e serão construídos outros parâmetros, o que é fundamental para a diversidade", disse.
Maria Regina Clivati Capelo, doutora em Educação pela Unicamp, observou o importante papel que a Educação tem em modificar as questões que envolvem a diversidade, uma vez que as instituições de ensino reforçam os modelos padronizados de pessoa considerada normal. "A escola representa a sociedade, é um local da 'normalidade', possui um papel conservador e não incorpora o diferente", explicou. Ela ainda ressaltou que para romper com esta situação, é preciso uma mudança de atitude dos educadores, o que é demorado por ser processual.
Capelo, que proferiu a palestra com o tema "As diversidades socioculturais e as desigualdades sociais e econômicas", também ressaltou que a preocupação em se inserir nas política públicas as questões referentes à diversidade tende a superar o preconceito e a discriminação. "Uma prática, desenvolvida na escola, dará a estas pessoas um espaço de expressão, refletindo na sociedade", concluiu.
Segundo Simoni Maria Soares Piekarscyk, assessora do Dedi, o evento também é útil para apresentar às equipes técnicas do Núcleos as discussões sobre a diversidade que surgem no âmbito escolar. "Alguns núcleos estão organizando suas equipes, sendo necessário prepará-las para lidar com várias situações, como por exemplo a questão do preconceito", comentou.
Para Consuelo Luiza Lucas, coordenadora de Cultura Indígena do Núcleo Regional de Campo Mourão, a reunião é um momento de aprendizagem. "No currículo, as escolas terão que inserir a história e a cultura indígenas, e aqui é o espaço para conhecer como trabalhá-las", exemplificou. Ela argumentou que somente pelo conhecimento, e pelo respeito, que se aprende a valorizar uma cultura. "Assim, a população passa a respeitar uma cultura, porque com o conhecimento, há uma menor resistência em aceitar a diversidade", afirmou a coordenadora.
Fonte: Seed/Assessoria de Comunicação/ Orlando Macedo Junior.
Ela destacou que a escolarização deve oferecer práticas que venham a respeitar as diferenças os alunos que se encontram na diversidade. "Além da permanência, é preciso verificar o processo de escolarização para que haja um avanço nos estudos", disse. A secretária lembrou que o combate à discriminação e ao preconceito não é somente o papel da escola. "Mesmo após concretizar a educação como um direito de todos, garantindo a aprendizagem aos excluídos, a diversidade ainda é um grande desafio para a sociedade".
Wagner Roberto do Amaral, chefe do Departamento da Diversidade, salientou que a proposta da Seed para reunião tem um caráter inédita em relação à valorização das políticas que tratam da diversidade. "Para a universalização da educação básica aos diversos sujeitos, são necessárias políticas de diversidade, entendendo que para cada sujeito existem estratégias de chamamento para a escola, inclusão e permanência nela ", afirmou.
A reunião teve como outros objetivos o diagnóstico e o acompanhamento das discussões do trabalho nas unidades escolares. Existe também a possibilidade da produção de material didático para a capacitação de professores. Ele comentou que o Paraná está à frente nas políticas de diversidade. "A própria Secretaria está se revendo, pensando e planejando coletivamente em políticas públicas". Amaral também ressaltou a importância que a discussões promovem junto à sociedade. "Aprendendo a conviver com os diversos padrões, eles serão problematizados e serão construídos outros parâmetros, o que é fundamental para a diversidade", disse.
Maria Regina Clivati Capelo, doutora em Educação pela Unicamp, observou o importante papel que a Educação tem em modificar as questões que envolvem a diversidade, uma vez que as instituições de ensino reforçam os modelos padronizados de pessoa considerada normal. "A escola representa a sociedade, é um local da 'normalidade', possui um papel conservador e não incorpora o diferente", explicou. Ela ainda ressaltou que para romper com esta situação, é preciso uma mudança de atitude dos educadores, o que é demorado por ser processual.
Capelo, que proferiu a palestra com o tema "As diversidades socioculturais e as desigualdades sociais e econômicas", também ressaltou que a preocupação em se inserir nas política públicas as questões referentes à diversidade tende a superar o preconceito e a discriminação. "Uma prática, desenvolvida na escola, dará a estas pessoas um espaço de expressão, refletindo na sociedade", concluiu.
Segundo Simoni Maria Soares Piekarscyk, assessora do Dedi, o evento também é útil para apresentar às equipes técnicas do Núcleos as discussões sobre a diversidade que surgem no âmbito escolar. "Alguns núcleos estão organizando suas equipes, sendo necessário prepará-las para lidar com várias situações, como por exemplo a questão do preconceito", comentou.
Para Consuelo Luiza Lucas, coordenadora de Cultura Indígena do Núcleo Regional de Campo Mourão, a reunião é um momento de aprendizagem. "No currículo, as escolas terão que inserir a história e a cultura indígenas, e aqui é o espaço para conhecer como trabalhá-las", exemplificou. Ela argumentou que somente pelo conhecimento, e pelo respeito, que se aprende a valorizar uma cultura. "Assim, a população passa a respeitar uma cultura, porque com o conhecimento, há uma menor resistência em aceitar a diversidade", afirmou a coordenadora.
Fonte: Seed/Assessoria de Comunicação/ Orlando Macedo Junior.